CLÁSSICO DO TEATRO MUSICAL BRASILEIRO FAZ 50 ANOS MAIS ATUAL QUE NUNCA
Remontagem de Brasileiro, Profissão: Esperança é destaque da programação do Festival de Curitiba
Quase 50 anos após sua primeira apresentação, um clássico absoluto do teatro nacional renasce adaptado ao momento histórico atual do país: o musical “Brasileiro, Profissão Esperança”, escrito por Paulo Pontes, é um dos grandes destaques da Mostra Lúcia Camargo do 30º Festival de Curitiba.
Com direção da dupla Charles Möeller e Claudio Botelho, a peça chega ao palco do festival nos dias 31 de Março e 1º de Abril às 21h, no Guairinha (Rua XV de Novembro, 971 - Centro). O espetáculo conta com intérprete de Libras.
“O momento é este. A nossa profissão de artista e nossa profissão de brasileiro é ter esperança, é o que nos resta”, destacam os diretores no material de apresentação do espetáculo.
“Brasileiro, Profissão: Esperança” já teve versões com Maria Bethânia e Ítalo Rossi (1971), Clara Nunes e Paulo Gracindo (1973) e Bibi Ferreira e Gracindo Jr (1998). Em 2021, a peça foi recriada para comemorar os 50 anos da montagem original. Com figurinos e cenografia despojada, e com Cláudia Neto e Claudio Botelho como protagonistas, a versão agora dirigida por Botelho e Charles Möeller ganha uma inusitada importância diante da situação atual.
Na peça, Pontes conta a história de dois grandes nomes da cultura popular, a cantora Dolores Duran (1930-1959) e o cronista Antônio Maria (1921-1964), por meio de suas canções e crônicas. No repertório musical, grandes clássicos como Ternura Antiga, Manhã de Carnaval, Valsa de uma Cidade, Castigo, Lama, Fim de Caso e A Noite do Meu Bem.
Segundo Paulo Pontes, a ideia era que qualquer brasileiro se visse “um pouco nessa generosa, irônica e desesperada aventura existencial contida na vida” dos dois. A montagem original foi dirigida por Bibi Ferreira e fez um ano de temporada no Rio e outro em São Paulo.
Em 1974, a versão mais célebre da peça foi montada com Clara Nunes e Paulo Gracindo, acompanhados por uma grande orquestra e bateu recordes de público pelo país afora. Foi uma das primeiras peças multimídia que projetaram filmes de 35mm em telões laterais, numa direção cênica inovadora.
A construção teatral é habilidosamente arquitetada sobre canções e textos das duas figuras-síntese da vida carioca nos anos 50. O espectador vai tomando contato “com as pegadas de Dolores e Maria pelos bares e areias do Rio”, como descreveu a crítica de Júlio Viegas.
50 anos depois, o texto traz à tona um Brasil que parecia perdido no passado, mas que se encaixa, infelizmente, nas circunstâncias do Brasil de hoje. Um país incerto e inseguro, mas cheio de esperança.
A Mostra Lúcia Camargo é apresentada por EBANX, Paraná Banco, New Holland, com patrocínio de ClearCorrect, Vonder, SulAmérica, Novozymes e Governo do Estado do Paraná.
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FICHA TÉCNICA
Brasileiro, Profissão: Esperança
Um musical de Paulo Pontes com canções de Dolores Duran e Antônio Maria.
Elenco: Claudia Neto e Claudio Botelho.
Músicos: Guilherme Borges (piano e teclados), Márcio Romano (bateria, percussão e vibrafone) e Thiago Trajano (violão e guitarra).
Direção: Charles Möeller e Claudio Botelho.
Direção Musical e Arranjos: Thiago Trajano.
Iluminação: Paulo César Medeiros.
Som: Erick Lima.
Figurino: Constança Whitaker e Alex Santos.
Produção Executiva: Cris Fraga.
Operação de canhão: Jimy Menezes.
Produção e realização: M&B.
Serviço:
O que: Brasileiro, Profissão: esperança no 30.º Festival de Curitiba
Quando: 31 de Março e 1º de Abril às 21h
Onde: Guairinha (Rua XV de Novembro,
971 - Centro).
Valores: R$ 80,00 (inteira)
Ingressos: Ingressos: www.festivaldecuritiba.com.br e na bilheteria física exclusiva do Shopping Mueller
(piso L2), de segunda-feira a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das
14h às 20h.
Classificação: Livre
Duração: 90’
Fotografia: Cris Fraga.
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