A PRESSÃO PELA FELICIDADE É TEMA DO NOVO LIVRO DE LEANDRO KARNAL E GUSTAVO ARNS

 

O dilema das galinhas felizes” foi lançado oficialmente no VIII Congresso Internacional de Felicidade


 Gustavo Arns e Leandro Karnal, co-autores do livro "O dilema das galinhas felizes", lançado durante o VIII Congresso Internacional de Felicidade. Crédito: Day Luiza


A pressão pela busca da felicidade em um mundo repleto de cobranças está no centro da discussão proposta por “O dilema das galinhas felizes”, novo livro de Leandro Karnal, professor e historiador, e Gustavo Arns, especialista em felicidade. A obra foi lançada oficialmente durante o VIII Congresso Internacional de Felicidade, um dos maiores eventos do gênero na América Latina, que segue até amanhã, em Curitiba.

O título faz alusão às mensagens estampadas nas caixas de “ovos oriundos de galinhas felizes” e o texto aborda a ciência por trás da felicidade e os paradoxos que envolvem a busca por uma vida plena. Karnal e Arns discutem a pressão social para ser feliz e como isso pode gerar ansiedade e frustração – e propõe uma reflexão profunda sobre o que realmente significa viver bem.

Começamos com essa reflexão quase irônica: por que as galinhas têm que ser felizes? Por que nós exigimos que até os ovos que nós vamos comer estejam cheios de felicidade?”, questiona Karnal. “Esta é a crença que nós questionamos: felicidade não é um estado permanente. É patológico rir sempre. Não somos felizes quando temos problemas. O que precisamos é colocar os problemas em perspectiva e pensar em como administrá-los.”

Gustavo Arns, co-autor e também idealizador do Congresso, alerta sobre as preconcepções que as pessoas carregam sobre o tema. “Vivemos hoje uma ditadura da felicidade. Precisamos ser felizes o tempo todo. Mas a verdade é que todas as emoções fazem parte da vida e precisam ser acolhidas”, diz. “A própria ciência da felicidade fala das ilusões que precisamos desconstruir. Isso se faz por meio de conhecimento, autoconhecimento e reflexão.”


Comparação

Karnal também falou ao público do evento sobre o processo de envelhecer bem e o papel protagonista da busca pela felicidade, sem comparações ou expectativas em relação aos outros.

“A pior coisa para a felicidade, desde os textos de Platão, é a comparação”, alerta. “Sempre vai existir alguém melhor, mais bonito ou que ganha mais. Isso faz com que você se sinta diminuído. Mas a comparação só pode ser com você mesmo. Você é melhor agora do que em determinado momento do passado?”


Congresso

A programação do VIII Congresso Internacional de Felicidade inclui mais de 25 palestrantes e propõe uma experiência imersiva e transformadora, que combina palestras, vivências, apresentações artísticas, práticas meditativas e feira do bem-estar.

Também no domingo, o psicólogo e ex-professor de Harvard Tal Ben-Shahar falou sobre Psicologia Positiva e a Ciência da Felicidade. Pela segunda vez no Congresso, ele discute como práticas cotidianas de recuperação, que vão além do simples sono, podem ser mais eficazes do que combater o estresse em si.

Também participam a Monja Coen, referência do Zen Budismo no Brasil, o maestro João Carlos Martins e o ator Murilo Rosa, que encerra o Congresso falando sobre o poder do entusiasmo.


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