A GRAVURA GAÚCHA NO PARANÁ TEM EXPOSIÇÃO NO MUSEU GUIDO VIARO
A Gravura Gaúcha no Paraná, um Recorte da Coleção Paulo Dalacorte, apresenta mestres e discípulos numa grande exposição de gravura no Museu Guido Viaro, a partir do dia 25 de Setembro, às 19 horas.
Recorte da Coleção Paulo Dalacorte | Mestres e Discípulos | Obras da Coleção, Instituto Dalacorte, sediado na cidade de Getúlio Vargas, RS. A exposição conta com a curadoria de Uiara Bartira.
Obra de: Maria Tomaselli.
%20%20Maria%20Tomaselli%20Cirne%20Lima.jpg)
Sobre o que o público e artistas poderão contemplar na exposição
A linha curatorial a ser adotada na exposição ora proposta tem como objetivo realizar um recorte estético, histórico e ético da Gravura no Rio Grande do Sul, desde o pioneirismo de Weingärtner, o Clube da Gravura – com seu sentido sociopolítico para marcar território, romper os limites geográficos e impulsionar a produção de arte regional – até a importância do Atelier da Prefeitura de Porto Alegre, por meio da litografia, seus Encontros de Arte e sua vocação para reunir, além da produção local, artistas, mestres, especialistas e o criticismo no âmbito nacional. Obra de: Danúbio Gonçalves.
A linha curatorial a ser adotada na exposição ora proposta tem como objetivo realizar um recorte estético, histórico e ético da Gravura no Rio Grande do Sul, desde o pioneirismo de Weingärtner, o Clube da Gravura – com seu sentido sociopolítico para marcar território, romper os limites geográficos e impulsionar a produção de arte regional – até a importância do Atelier da Prefeitura de Porto Alegre, por meio da litografia, seus Encontros de Arte e sua vocação para reunir, além da produção local, artistas, mestres, especialistas e o criticismo no âmbito nacional. Obra de: Danúbio Gonçalves.
E tudo aconteceu assim…
Por Uiara Bartira.
Nos anos de 1989/93, como gravadora me envolvi na implantação e direção do Museu da Gravura Cidade de Curitiba, que acabara de ser inaugurado e oficializado pela Prefeitura, resultado da solicitação feita por mestres da Gravura Brasileira, entre eles Fayga Ostrower, Anna Letycia Quadros, Marília Rodrigues, Iodeto Guersoni e Fernando Calderari, discípulo de Guido Viaro e do representante gaúcho Carlos Scliar. Os fatos acontecem logo após a I Mostra da Gravura Cidade de Curitiba – 1980, idealizada por Ênio Marques Ferreira, com o objetivo de ser um museu para colecionar e guardar uma grande representação dessa importante linguagem denominada Gravura de Arte no Brasil.
Como representante dessa instituição, sou convidada a participar, em 1990, de um Seminário no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre – evento que neste ano de 2025 completa 65 anos de atividades –, bem como dos importantes Clubes da Gravura de Porto Alegre.
Lá estão importantes nomes da arte brasileira, entre eles Danúbio Gonçalves, Carlos Scliar, Iberê Camargo, bem como os críticos de arte professora Sônia Salzstein Goldberg, SP, e Paulo Estellita Herkenhoff, RJ.
Nasce desse encontro, juntamente com Nilza Procopiak, crítica de arte e então Coordenadora de Artes Plásticas da Fundação Cultural de Curitiba, as Mostras da Gravura Cidade de Curitiba – Mostra América, casamento perfeito entre a gravura gaúcha e a paranaense, abençoadas pela anterior e sincera amizade entre os mestres Guido Viaro e Iberê Camargo.
A mostra fica aberta ao público, entrada franca, no período de 26 de setembro a 8 de novembro de 2025, no Museu Guido Viaro, de terça a sábado, das 14 às 18 horas, endereço Rua XV de Novembro, 1348 - Centro - Curitiba - PR
Serviço: A Gravura Gaúcha no Paraná
Curadoria Uiara Bartira
Abertura dia 25 de setembro, das 19 às 22 horas.
Museu Guido Viaro
Rua XV de Novembro, 1348 - Centro - Curitiba - PR
Informações: www.museuguidoviaro.com.br
Telefone: 41 3018-6194.
___________________________________________________________________________________________
Mestres da Gravura no Paraná presentes nesta exposição
Poty Lazzarotto e Fernando Calderari
Pensamento realista com características de generosidade.
Poty é considerado o Goeldi paranaense – citado assim pelo prof. José Teixeira Leite. Estuda gravura com Carlos Oswald na Escola Carioca de Gravura, no Rio de Janeiro. Ganha Bolsa de Estudos para se aperfeiçoar em Paris. De lá traz para Curitiba a litografia de arte. Ilustra obras de vários escritores brasileiros, ministra o primeiro Curso de Gravura no MASP e ainda na Bahia e Recife-PE. Poty vai do realismo social a um simbolismo fantástico. Com viés pós-moderno e muralista, é reconhecido como nosso Primeiro Grafiteiro.
“Corta a matriz com uma ponta/unha, abre o corpo como num ato cirúrgico e deixa verter e purgar a alma curitibana. Há de se dizer que a alma é a caixa preta do cérebro”. • (Uiara Bartira)
Pensamento virtual com a característica de desprendimento.
Discípulo de Guido Viaro, em desenho e pintura, na Escola de Música e Belas Artes do Paraná e, na gravura, aluno de Edith Behring e da Escola Friedlaender, no Atelier de Gravura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, MAM, anos 70. Imagem = Abstração. No ano de 1980 é o organizador e coordenador da então Casa da Gravura Solar do Barão, que nasceu da sua motivação juntamente com Carlos Scliar, Fayga Ostrower, Ana Letycia Quadros, Iodeto Guersoni e Marília Rodrigues, e que faz parte da Fundação Cultural de Curitiba.
“Calderari usa a imagem para falar da pintura. A massa de cor é presa às estruturas do desenho recorrentes da gravura. O simbolismo está na cor retida entre as linhas dessa trama. A imanência da cor é proposital para ressaltar a transcendência da luz.” • (Uiara Bartira)
Comentários