O PODER DA VOZ E DA PALAVRA DE DÉA TRANCOSO
A cantora mineira traz a Curitiba o
espetáculo “Líricas breves para a construção de
uma alma” que encerra a série Solo Música em 2017
A CAIXA Cultural Curitiba apresenta,
dentro da séria Solo Música, o show da cantora, compositora e instrumentista
mineira Déa Trancoso. Nesse espetáculo, a artista canta e toca rabecas
fabricadas por ela mesma, além de executar canções ao som de shruti indiano,
quatro venezolano e instrumentos produzidos de forma artesanal como flauta de
PVC e ocarina de cerâmica. As performances emolduram as composições de Déa que
são marcadas pela poética feminina, com forte influência da região onde a
artista nasceu: o Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
"Líricas breves
para a construção de uma alma” é o quinto disco de Déa Trancoso e o segundo
totalmente autoral. Foi produzido
com recursos do “Prêmio Terra Una de Música – Edição Ibermúsicas 2016. “Nele, estou nua com meu pequeno bocado musical e
apresento a palavra como a grande guia de todo o trajeto. É um trabalho gravado
quase todo à capela, anunciando e enunciando a beleza absoluta da voz humana em
si mesma”, explica a artista. E ela destaca que o show será especial.
“Participar da série Solo Música é uma honra. É uma alegria estar ao lado de
compositores do mundo todo, enfeitando a cena. Legitima um lugar, um território
autônomo onde hoje me encontro", destaca.
Para Álvaro Collaço,
produtor da Série Solo Música, Déa é artista a ser descoberta pelo grande público. “Sua música
está sempre a caminho do coração do ouvinte atento e sensível a quem Déa
reserva uma arte falsamente frágil, repleta de silêncios, de questionamentos,
de arranjos construídos com instrumentos caseiros, em que a palavra é a dona de
tudo e conduz à melodia, ao canto. Sua arte é herança do Vale do Jequitinhonha,
mas não esconde o amor à poesia de Beto Guedes, Milton Nascimento e Ronaldo
Bastos, à liberdade musical de Egberto Gismonti. Ela é fruto de experiências
existenciais, da filosofia, do meditar, do fato de Déa compreender bem o que é
ser mulher e artista em um tempo ainda marcado pela opressão”, destaca Álvaro
Collaço.
Do Vale do Jequitinhonha
Alcidéia Margareth Rocha Trancoso
nasceu em Almenara, Minas Gerais. Filha de pais seresteiros, foi influenciada
pelos violeiros, cantadores, congadeiros e foliões do Vale do Jequitinhonha, região
conhecida pelo contraste entre a pobreza material e a riqueza da cultura
popular. Seu trabalho incorpora sonoridades e referências a diversas
manifestações da cultura popular nacional como catimbó, coco, acalanto, lundu,
congo dobrado, maracatu, batuque, moda de viola, samba de caboclo e samba de
roda.
Em 2002, Déa Trancoso participou do CD
“O Violeiro e a Cantora”, a
convite do compositor e violeiro Chico Lobo. Em 2006, lançou seu primeiro CD “Tum
Tum Tum”, pelo selo Tum Tum Tum Discos, que foi relançado em 2010 pelo selo
Biscoito Fino. A este CD seguem-se “Serendipity”, de 2011, que traz parcerias
com Badi Assad, Chico César e Rogério Delayon; e “Flor do jequi”, de 2012, duo
com o violonista Paulo Bellinati que traz recriações de ícones do Vale do
Jequitinhonha.
Déa Trancoso foi indicada ao Prêmio da Música Brasileira, em 2007,
em quatro categorias: “Disco Regional”, “Cantora Regional”, “Projeto Gráfico” e
“Voto Popular”. Em 2013, recebeu nova indicação na categoria “Cantora
Regional”. Como compositora, tem músicas gravadas por Ná Ozzetti, Mônica
Salmaso e Gonzaga Leal.
Serviço: Música: Solo Música com Déa Trancoso
Local:
CAIXA Cultural
Curitiba. Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Curitiba (PR).
Data: 12 de Dezembro de 2017 (terça-feira, às 20 horas
Ingressos: vendas a partir de 9 de Dezembro
(sábado). R$ 20 e R$ 10 (meia – conforme legislação e
correntistas que pagarem com cartão de débito CAIXA). A compra pode ser feita
com o cartão vale-cultura.
Bilheteria:
(41) 2118-5111 (De
terça a sábado, das 12h às 20h. Domingo, das 16h às 19h.)
Classificação etária: Livre
Lotação
máxima: 125 lugares
(2 para cadeirantes).
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