EXPOSIÇÃO DE JUAREZ MACHADO TERÁ MESA REDONDA COM O CURADOR E ARTISTAS

Semana que vem será realizada no MON uma mesa redonda sobre a obra de Juarez Machado com o curador e artistas convidados   

O multiartista Juarez Machado desenvolveu seu estilo e começou a trilhar sua trajetória em Curitiba.  A mostra comemorativa dos 80 anos do artista acontece no museu até Setembro. Uma mesa redonda sobre sua vida e obra ocorre na próxima terça-feira, dia 23 de Agosto, às 18 horas,no Miniauditório do Museu Oscar Niemeyer. 

Antes de se tornar um dos maiores nomes da arte brasileira e influenciar até o cinema francês, o catarinense Juarez Machado passou anos decisivos em Curitiba e fez parte de um capítulo importante da arte paranaense na década de 1960. 

Foi na Escola de Música e Belas Artes do Paraná - na companhia de nomes da geração moderna como Helena Wong, João Osório Brzezinski e Fernando Velloso - que o multiartista começou a formar o estilo único que marca sua obra até hoje. E foi trabalhando no teatro e na televisão da capital paranaense que Juarez descobriu os trilhos que o levariam ao Rio de Janeiro e, depois, ao exterior. 

Quem conta é o professor e crítico de arte Fernando Bini, que apresenta  Juarez Machado – Volta ao Mundo em 80 Anos” – mostra comemorativa em cartaz até 18 de Setembro no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba. 

Sendo assim, no dia 23 de Agosto, às 18 horas, Bini participa dessa mesa redonda sobre a vida e obra do artista no Miniauditório do MON com participação do curador da exposição, Edson Busch Machado, e dos artistas Fernando Velloso e João Osório Brzezinski.

Relação com Curitiba
Juarez sempre disse que já nasceu artista. Mas ele achava que sua cidade natal, Joinville (Santa Catarina), ainda não dava condições para isso. Ao ver uma exposição de artistas modernos de Curitiba em Joinville, ele se entusiasmou e decidiu vir”, conta Bini. 

O professor explica que Juarez Machado começou a desenvolver ainda enquanto estudava na Belas Artes o estilo e o tipo de figura que utiliza até hoje - influenciado pelos principais movimentos da história da arte ensinados na escola, do Renascentismo ao Modernismo. 

Sua primeira exposição individual, realizada na galeria Cocaco, em 1963, já tinha como tema as bicicletas - ícone de seu universo artístico, juntamente com elementos como o guarda-chuva. 

Juarez influenciou seus pares mais próximos e recebeu influência, por exemplo, do desenho de Luiz Carlos de Andrade Lima. Mas ele criou uma maneira própria de ser que não tem como ser copiada”, avalia Bini. 

De Curitiba para o mundo
Trabalhando também como criador de cenários para televisão e teatro na capital paranaense, Juarez Machado entrou em contato com artistas do Rio de Janeiro. A cidade contava com uma cena e um mercado de artes mais desenvolvido e logo se tornou o próximo destino do artista. 

No Rio, Juarez se destacou como ilustrador, cenógrafo para televisão e teatro, figurinista, escultor e cartunista, passando por veículos como o “Pasquim” e a TV Globo – onde manteve um popular quadro no programa “Fantástico” entre 1973 e 1978. 

De repente, o Rio de Janeiro também ficou pequeno para o Juarez e, em seguida, ele parte para Inglaterra, Estados Unidos e França – sempre em busca de elevar a arte brasileira ao nível internacional”, diz Bini.

Um dos melhores exemplos desta internacionalização ocorreu em 2001, com o lançamento do filme “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, do diretor francês Jean-Pierre Jeunet. A estética do longa é diretamente inspirada pelo universo pictórico de Juarez Machado, a exemplo do uso das cores – um dos elementos mais marcantes de sua obra. 

Juarez não é um artista joinvilense, nem curitibano, nem carioca e nem francês. É um nômade, que quis ter ateliês em cada um destes lugares para absorver tudo o que acontece no mundo”, conclui Bini. “Não é possível dizer em detalhes de onde vem cada elemento. Ele construiu sua própria síntese.”

Visita guiada
No dia 24/8, o curador Edson Busch Machado vai conduzir visitas mediadas à mostra “Juarez Machado – Volta ao mundo em 80 anos” para o público espontâneo. Em cartaz desde junho no MON, a exposição abrange desde o início da carreira do pintor na capital paranaense até sua fase internacional com a mudança para Paris, em 1986. São mais de 170 obras.  
As mediações acontecerão às 11h e às 15h. Para participar, basta chegar à entrada da Sala 3 do MON com 15 minutos de antecedência. A entrada é franca às quartas-feiras.  


Serviço
Mesa redonda com Edson Busch Machado, Fernando Bini, Fernando Velloso e João Osório Brzezinski, mediados por Glaci Gottardello Ito
Dia 23 de Agosto, terça-feira às 18 horas 
Miniauditório do MON 

Visita mediada à exposição:
“Juarez Machado – Volta ao Mundo em 80 Anos” com o curador Edson Busch Machado
Dia 24 de agosto, às 11h e às 15h
Sala 3 do MON 

No mais a exposição segue aberta ao publico até o dia 18 de Setembro, na Sala 3 do Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999), informações (41) 3350-4400. De terça a domingo, das 10h às 17h30 (permanência até 18h). Ingressos a R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada). Toda quarta-feira, entrada gratuita.

Aceda também a www.museuoscarniemeyer.org.br

Fotografia: Max Schwoelk.

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