O CLÁSSICO E O POPULAR NA ARTE DE PAULO SÉRGIO SANTOS NA CAIXA CULTURAL


O clarinetista Paulo Sérgio Santos ganhou ano passado um desafio. Participar da Série Solo Música e, pela primeira vez em sua vida, apresentar um recital absolutamente solo de clarinete A Série é caracterizada por apresentações em que os músicos tocam sozinhos no palco e recitais solo de clarinete são raros, pelo fato do  instrumento ser melódico e não harmônico como o violão e o piano. O repertório solo para clarinete também não é extenso, o que fez Paulo Sérgio criar um programa todo especial para o Solo Música. Em Curitiba, ele se apresenta em 12 de Agosto, terça-feira, às 20 horas, na Caixa Cultural.

O fato de não ter realizado um recital solo talvez seja a maior dificuldade. Teoricamente, não vejo problema em fazer isso pois estou preparado”, diz Paulo Sérgio, que antes de receber o convite do produtor Alvaro Collaço, disse que estava mesmo pensando em realizar nesta temporada um recital desta maneira. O convite para o Solo Música caiu como uma luva para Paulo Sérgio, que também se apresentará pela Série em Fortaleza e Brasília. “Paulo Sérgio é um dos mais importantes clarinetistas de todos os tempos, uma referência tanto no âmbito da música clássica quanto popular”, destaca Collaço. No recital que fará no Solo Música, Paulo Sérgio Santos optou em fazer um resumo desta sua vida musical, tocando uma versão para clarinete da “Partita em Sol Maior” de Johann Sebastian Bach, “Três Peças para Clarineta” de Igor Stravinsky e choros de Abel Ferreira, Anacleto de Medeiros, Pixinguinha e  Guinga. Há ainda a música “Choro sambado”, do próprio Paulo Sérgio Santos.
Foto de: Silvana Marques.
Do clássico ao popular
Paulo Sérgio Cunha dos Santos iniciou sua formação no clarinete aos 11 anos, com Moisés Gomes. Depois, estudou com José Botelho, Jayoleno dos Santos e José Carlos de Castro. Sua formação musical é marcada pelo ecletismo. Profissionalizou-se ainda jovem, integrando o Quinteto Villa-Lobos em 1975. Com o Quinteto, grupo com o qual atual até hoje, realizou inúmeras apresentações no Brasil e exterior e gravou nove CDs e um DVD
Vencedor de muitos concursos, em 1977 entrou para a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, permanecendo como primeiro clarinetista por 18 anos. Em 1986 integrou a Orquestra Filarmônica Mundial, regida por Lorin Maazel. No ano seguinte, em Paris, obteve menção honrosa no “Concurso Acanthes”, de interpretação de Música Contemporânea. Atuou como solista em orquestras importantes como a Sinfônica Brasileira, a Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Orquestra Nacional da Rádio MEC, Jazz Sinfônica de São Paulo, Orquestra de San Antonio (EUA), Atlanta Symphonic Orchestra e Filarmônica de Los Angeles.
Na música popular, fundou no Inal dos anos 80 o conjunto musical “O Trio”, com Maurício Carrilho e Pedro Amorim. Com o grupo, gravou dois CDs e fez turnês pelos Estados Unidos, Europa e Japão. A discografia de Paulo Sérgio completa-se com os CDs “Self Portrait” (1991), com João Carlos Assis Brasil, “Segura ele” (1995), “Gargalhada” (2001), com o violonista Caio Márcio e o percussionista Oscar Bolão, “Saudade do Cordão” (2009) e “Rasgando Ceda” (2001), estes com Guinga. O último foi indicado ao Grammy de 2012, como melhor  “Álbum Instrumental”. Paulo Sérgio recebeu inúmeros prêmios, destacando três “Carlos Gomes de Música“.

A apresentação de Paulo Sérgio Santos dentro da Série Solo Música, em 12 de agosto, ás 20 horas, tem patrocínio da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal e é uma realização de Alvaro Collaço Produções. Ingressos a R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia) podem ser adquiridos na bilheteria da Caixa Cultural, na Rua Conselheiro Laurindo, 280. Informações pelo telefone 2118-5111.



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