MOMENTO SAÚDE E BEM-ESTAR: CUIDADOS PARA PACIENTES EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO
MOMENTO SAÚDE E BEM-ESTAR
Ligue o alerta: o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial é 26 de Abril
Que cuidados os pacientes em tratamento oncológico devem ter com a hipertensão?
A
hipertensão arterial, ou comumente chamada de pressão alta, é uma
doença que afeta os vasos sanguíneos do coração, cérebro, olhos e pode
inclusive causar disfunção e perda da função dos rins, é responsável
pelo óbito de 300 mil brasileiros anualmente. As doenças
cardiovasculares, como infartos e derrames cerebrais, e os diferentes
tipos de câncer representam, respectivamente, a primeira e a segunda
maiores causas de morte no Brasil e no mundo. A relação entre as duas
doenças estão cada vez mais próximas, principalmente nas questões de
prevenção e tratamentos.
A
hipertensão arterial não causa sintomas em mais de 50% das pessoas.
Quando estes acontecem, manifestam-se como dores no peito, dores de
cabeça, mal-estar, tonturas, zumbidos no ouvido, visão embaçada e
fraqueza. Entre os principais fatores de risco destacam-se a alimentação
inadequada, obesidade, hereditariedade, tabagismo, estresse, poluição,
entre outros. No entanto, os pacientes que passam por algum tratamento
contra o câncer devem ficar atentos à hipertensão, uma vez que mesmo
quando são normotensos, ou seja, que sempre apresentaram pressão
arterial normal, podem ter o estado alterado.
O
cardiologista Sanderson Cauduro, do Instituto de Oncologia do Paraná –
IOP, explica que alguns dos tratamentos oncológicos elevam a pressão
arterial, principalmente em tumores renais, intestinais e gástricos. “A
quimioterapia pode afetar o dia a dia do paciente devido aos eventos
adversos que ela causa e a frequência com que as medicações são
aplicadas. Vale ressaltar que os efeitos colaterais variam para cada
paciente, uma vez que algumas pessoas não apresentam reações que afetem a
rotina, enquanto outras necessitam de mais tempo para a recuperação
após uma dose de quimioterapia”.
Com
o passar dos anos, os especialistas estão cada vez mais conscientes dos
problemas que a quimioterapia pode trazer para a saúde, buscando formas
de proteger o coração. “Cada caso deve ser analisado individualmente,
para minimizar os efeitos colaterais, mas o sucesso também vai depender
da aderência do paciente às orientações médicas, que deve buscar um
estilo de vida mais saudável, que resultará em bem-estar. A nós,
cardiologistas, cabe o controlar a hipertensão com tratamentos
específicos e a melhor escolha de medicações anti-hipertensivas para não
interferir na eficácia do tratamento contra o câncer prescrito pelo
oncologista”.
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