AYRTON MONTARROYOS LANÇA ÁLBUM NA CAPELA SANTA MARIA


O show que ocorre dia 3 de Maio celebra "Um Mergulho no Nada"
Obra  reúne músicas de diversos compositores

O jovem cantor pernambucano Ayrton Montarroyos, apresenta no dia 3/05 (sexta-feira, às 20h) no Capela Santa Maria, localizada à rua Conselheiro Laurindo, 273, Centro, Curitiba-PR, o lançamento do seu álbum "Um Mergulho no Nada", acompanhado do músico Edmilson Capelupi no violão 7 cordas.

O repertório do disco demonstra novas leituras para as obras consagradas nas vozes de Chico Buarque, Dorival Caymmi e Tom Jobim, e conta com "Cálice", "Sodade Matadera", "Açaí" e "Sem Pressa de Chegar". Gravado ao vivo, em abril de 2018, no Teatro Itália, tem produção de Thiago Marques Luiz.

Montarroyos começou sua carreira aos 11 anos e aos 16 fez seu primeiro show na capital pernambucana. No ano de 2013, teve reconhecimento internacional, com uma indicação ao Grammy Latino, por sua colaboração no álbum de "Herivelto Martins - 100 Anos".
Participou do álbum "100 anos de Gonzagão", onde cantou "Riacho do Navio", clássico de Luiz Gonzaga, idealizado e produzido por Thiago Marques Luiz, como forma de tributo ao centenário do sanfoneiro. Dois anos depois, participou da quarta edição do The Voice Brasil, e foi um dos finalistas.
Serviço: AYRTON MONTARROYOS NA CAPELA SANTA MARIA
Dia: 3 de Maio (sexta), às 20h.
Local: Espaço Cultural Capela Santa Maria – Rua Conselheiro Laurindo, 273, Centro
Lotação:  275 lugares
Ingressos: R$ 30 (inteira)  + R$6,00 Taxas e encargos; R$ 15 (meia) + R$5,25 Taxas e encargos.
Duração: 90 minutos.
Contato:  (41) 3321-2840 
Venda de ingressos: https://www.aloingressos.com.br/ayrton-montarroyos-um-mergulho-no-nada.html

Mais Sobre o CD:
AYRTON MONTARROYOS – Um mergulho no nada
 Por Lucas Nobile
Não é de hoje que boas safras de artistas brasileiros têm se voltado a fazer trabalhos autorais, criando e cantando as próprias composições. Isso, inegavelmente, não deixa de ser rico e louvável. Nos últimos tempos, porém, quando alguém aparece com um "disco de intérprete", quase que de bate-pronto já se torce o nariz. Compreensível. Afinal, é risco imenso. A arte da (re)interpretação, por si só, desafia cantores e cantoras a trazer algo de novo. Senão, qual o sentido de regravar uma canção se for somente para copiar, apenas para brincar de papel-carbono vocal?

Sabedor disso, cheio de lucidez e de personalidade, surge Ayrton Montarroyos com seu novo álbum. Em dueto com o experiente Edmilson Capelupi (violão 7 cordas), Ayrton gravou este disco em uma única apresentação no Teatro Itália. Não pude assistir ao show, mas ao ouvir essas dez faixas a sensação é a de estar lá, na plateia, colado ao palco. Quando o álbum chegou às minhas mãos, tive a mesma reação de Chico Buarque quando recebeu a fita para escrever o texto da contracapa do LP Todo o Sentimento, de Elizeth Cardoso e Raphael Rabello. Tal qual Chico diante do trabalho de Elizeth e Raphael, ouvi o disco de Ayrton e Capelupi "quatro vezes de enfiada". Nos dias seguintes, por um magnetismo inescapável, tornei e retornei ao álbum por muitas vezes. O porquê de evocar Elizeth e Raphael aqui? Simples. Desde aquele duo, registrado no início da década de 1990 - e, justiça seja feita, também das parcerias entre Rabello e Ney Matogrosso, no mesmo período, de Jorge Mautner e Nelson Jacobina e do encontro entre Mônica Salmaso e Paulo Bellinati -, não se ouvia um disco no formato voz e violão tão marcante como este.
Já que estamos falando de um álbum de intérprete, é bom lembrar que o primeiro passo para escapar do lugar-comum é a escolha do repertório. Neste sentido, apesar da curta idade, Ayrton Montarroyos dá uma aula. Vai de contemporâneos seus, como Ylana Queiroga ("De pé na estrada"), Lirinha, Junio Barreto e Bactéria ("Jabitacá") a veteranos como Djavan ("Açaí"), Tom Jobim e Vinicius de Moraes ("Brigas nunca mais"), Jacob do Bandolim e Hermínio Bello de Carvalho ("Doce de coco") e Chico Buarque ("Mar e lua" e "Cálice", esta em parceria com Gilberto Gil).
Somado a isso, há ainda um sem-fim de virtudes - e não virtuosismos e firulas - nas interpretações enriquecedoras de Ayrton e Capelupi. Basta ouvir o que a dupla faz ao desencravar joias como "Sem pressa de chegar" (em rara parceria de Capiba com Delcio Carvalho), "Sodade Matadeira" (gravada originalmente por seu próprio autor, Dorival Caymmi, 70 anos atrás; e, agora, com o violão lembrando "Passaredo", de Chico e Francis Hime, na introdução) e "Dona divergência" (punhal poético de Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins, gravado anteriormente por nomes como Jamelão, Jards Macalé, Linda Batista e Tom Zé, e, desta feita, com Montarroyos sábia e corajosamente transmitindo a densidade dos versos da canção).
Não é toda hora que se escuta um disco capaz de combinar simultaneamente tanta sutileza e tanta contundência. Ouvir o álbum de Ayrton Montarroyos e Edmilson Capelupi é como entrar num caleidoscópio de passado, presente e futuro. E, aqui, falar de futuro significa já ansiar por um volume 2 deste duo tão espontâneo quanto sobrenatural.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

HALLOWEEN KIDS MUELLER

MINI TATOOS: COM FLASH DAY COM COLAB FEMININO DE TATUAGEM

DRIVE-IN DA PEDREIRA PAULO LEMINSKI TERÁ PROGRAMAÇÃO PARA O DIA DAS CRIANÇAS