PROJETO VALORIZA PATRIMÔNICO CULTURAL DE TRÊS CIDADES PARANAENSES

A cultura local das cidades paranaenses de Pinhais, Piraquara e São José dos Pinhais vai ser celebrada no 2º Patrimônio Vivo, projeto itinerante que inicia em abril com a proposta de valorizar a identidade e formação de cada município. Em cada um deles, trará uma série de oficinas abertas ao público, todas gratuitas, para identificar os destaques culturais da região e produzir exposições interativas a partir destes conteúdos. Numa segunda fase, estas exposições, compostas por fotos e textos, serão abertas ao público e doadas aos órgãos culturais municipais. 

As oficinas já estão com as inscrições abertas. Após o término delas, as exposições terão as datas confirmadas. Para montar um panorama amplo e diverso de cada região, o trabalho vai pesquisar temas como música, gastronomia, dança, artesanato, artes plásticas, prédios históricos, recantos naturais, lendas e personagens locais, entre muitos outros.

 

Em São José dos Pinhais, as oficinas ocorrem entre os dias 17 de abril e 15 de maio. No caso de Piraquara, entre 23 de abril e 16 de maio. Já em Pinhais, de 5 a 14 de maio. As aulas ocorrem em diferentes dias da semana em cada cidade, com uma carga total de 40 horas, sendo 32 horas presenciais em oito módulos de quatro horas e oito horas de atividade extra-sala. Informações sobre horários e inscrições podem ser obtidos no site www.olariacultural.com.br

 

Caindo na estrada no Paraná                                                                                                                  

O projeto Patrimônio Vivo é realizado pela produtora Olaria Cultural, com suporte do Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura – PROFICE, da Secretaria de Estado da Cultura – Governo do Estado do Paraná. Foi organizado pelas pesquisadoras Lia Marchi e Carol Mira, que destacam sua importância para manter vivas as tradições culturais locais.

 

“Quando se pensa em patrimônio, muitas vezes pensa-se nas referências materiais, esquecendo-se daquilo que mantém um senso de identidade e permanência: o patrimônio imaterial. É justamente este patrimônio vivo que focamos mais com o projeto”, reforça Lia Marchi. “Em cada cidade, vamos realizar junto com os moradores locais, reunidos nas oficinas, uma pesquisa para elencar alguns dos patrimônios vivos do local e contar sua história nas exposições”.

A primeira edição do projeto aconteceu entre o final de 2022 e o início do ano seguinte, em três cidades dos Campos Gerais: Lapa, Palmeira e Prudentópolis. “As exposições levaram as histórias para crianças, jovens, adultos e idosos de seus municípios, partilhando com a comunidade estas riquezas culturais. E, mais do que isso, valorizaram e criaram vínculos entre o passado e o futuro”, completa Carol Mira.

 

Em Palmeira, alguns dos temas abordados na exposição final foram: cultivo de sementes em palha, elaboração do queijo Purungo, o sabor da gengibirra, visagens e lendas da região, vinho de laranja, pão no bafo e a tradição de comer sementes de girassol.

 

Na Lapa, a exposição retratou: coxinha de farofa da Lapa, as belezas do Parque do Monge, o uso do pilão tradicional, o Theatro São João e seus 140 anos de história, o lenhador tradicional da cidade, artesanato com palha, a tradicional Congada e seu legado vindo da África.

 

Em Prudentópolis, a temática passou pelo trabalho das benzedeiras, a literatura oral e muitos aspectos da imigração ucraniana, como as pêssankas (ovos decorados), a petrykivka (estilo de pintura) e a música das banduras (instrumentos de cordas tradicionais).  

 

Serviço: 2º Patrimônio Vivo                                                                                                                     

Inscrições abertas para as oficinas culturais em São José dos Pinhais, Piraquara e Pinhais.

Informações sobre horários e inscrições podem ser obtidos no site www.olariacultural.com.br

Fotografia: Cauby Ross.