Imagens marcantes
Elisabeth Sekulic aborda o tema “Ser”, no qual visita o inconsciente coletivo em técnicas de pigmentação em cera sobre tela e pintura em painéis de ferro. Seu ponto de partida são manchas nas superfícies, que ela recria com novos desenhos. “A criação artística não sai do consciente da pessoa, parte do inconsciente coletivo a partir de imagens”, explica Elisabeth, que se inspira nos trabalhos do psiquiatra Hermann Rorschach, cujo método diagnosticava pacientes a partir da interpretação destes de imagens de manchas. “Faço uma representação do que vi naquele momento”, comenta Elisabeth.
Já “Vida” fica a cargo de Cé Figueiredo. Ela constrói imagens a partir do estudo de plantas - tem formação em biologia. “A vegetação é um tema que gosto muito, tento transitar da arte pra biologia e vice-versa”, comenta. Assim, as telas com pinturas em acrílico revelam detalhes do sistema vegetal e a interação do homem com o meio ambiente.
PIlares existenciais
O tema “Amor”, por sua vez, é abordado por Márcia Dalcin, com suas obras abstratas em tinta acrílica. A fonte de inspiração parte do amor e da família, que ela considera seus pilares existenciais. Formas retilíneas de poucas cores se cruzam, são sobrepostas ou aparecem em paralelo, buscando equilíbrio na imagem. "Cada tela é uma tela, uma inspiração, que deixo fluir, sem seguir intencionalmente algum padrão pré-estabelecido", explica a artista sobre seus métodos de criação.
A curadoria é assinada pela artista plástica dinamarquesa Birgitte Tümmler. Entre seus trabalhos mais recentes, fez curadoria do coletivo “Redescobrindo o Brasil 2016” e dos individuais “Luminescências” (de Daniel Castellano), “Fóssil Futuro” (de Rogério Borges), “Plenitude em Pontos” (de Andréa Horn), “Seres Iluminados” (de Aline Albuquerque), “A Cerâmica” (de Gilberto Narciso) e “Papel” (de Osvalter Urbinati).
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