DEPOIS DE CINCO ANOS RECLUSO SERGIO ROLIM VOLTA A EXPOR NO EXTERIOR
SERGIO F. ROLIM
VOLTA A EXPOR SUAS OBRAS EM LONDRES
A mostra One Look In a Thousand Faces permanece na Galeria 32, na Embaixada do Brasil em
Londres, até 29 de Junho.
Uma noite solitária promoveu o primeiro encontro de
Sergio Francisco Rolim com a pintura. Sergio era, até então, apenas um
admirador das artes e nunca havia se arriscado a colocar em prática nenhum
esboço de pintura. Mal sabia ele que, entre pincéis, tintas e telas,
descobriria o seu verdadeiro propósito de vida. “Quando pintei o meu primeiro quadro,
encontrei algo que faltava em minha vida, um prazer único e inexplicável. Não
conhecia nenhuma técnica, mal sabia lidar com a tinta a óleo. Mas ali fiquei
até às 5 da manhã, pintando”, lembra o artista autodidata.
Quase 15 anos
se passaram desde a pintura de seu primeiro quadro e mais de 400 obras já foram
criadas por Rolim durante este período. Seus quadros já foram expostos em
Curitiba, São Paulo, Nova York, Paris e Cannes. E agora, depois de cinco anos
em uma espécie de introversão criativa, ele volta a mostrar o seu trabalho. Ao todo são 18 obras, algumas com até 3 metros, exibidas na Embaixada do Brasil em Londres.
A mostra individual intitulada “One Look in a Thousand Faces” abriu ao público no dia 6 de Junho e permanece exposta em Londres até o dia 29 de Junho.
Sobre o artista
- Nascido em Caxambu do Sul, Rolim passou parte da infância em Chapecó, cidades
do interior do estado de Santa Catarina, mas vive em Curitiba desde a década de
1970, cidade onde criou grande parte de suas obras. As obras de Sergio F. Rolim
são carregadas de memórias e inspiradas em sua imaginação. Lembranças da
infância, da juventude, de fatos e situações que se passaram e passam por sua
vida. As faces retratadas por ele são carregadas de sentimentos. São
personagens imaginários, que parecem sentir alegria, amor, raiva, inveja e
medo. Suas figuras desafiam o espectador a decifrá-las.
Para o
professor e crítico de arte Fernando Bini, os quadros do artista nos incitam a
uma situação poética. “Com Sergio tudo se
torna material pictórico. Centrado no humano, e mais ainda na expressão facial
humana, atemporal: máscaras, cabeças, retratos; surpreendido pela sua própria
emoção, essas intuições e paixões ressurgem em pinturas a óleo sobre tela, sem
esboços, de variados tamanhos até chegar aos grandes formatos”.
Segundo Rogério
Ghesti, curador da exposição “as camadas
de tinta constroem cenários elaborados a partir de cores fortes e intrincadas
texturas. Um trabalho sutil e ao mesmo tempo instigante que desperta nos
espectadores questionamentos sobre as relações humanas dentro de diversos
contextos sociais”.
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