MOMENTO SAÚDE E BEM-ESTAR: Um dos procedimentos mais realizados na Cirurgia Cardíaca passa do meio século
MOMENTO SAÚDE E BEM-ESTAR: Um dos procedimentos mais realizados na Cirurgia Cardíaca passa do meio século
Especialista do Hospital São Vicente Curitiba explica sobre uma das cirurgias mais tradicionais do mundo
Provavelmente, você já ouviu falar ou conhece alguém que fez uma cirurgia de ponte de safena. Esse é um dos procedimentos cirúrgicos mais tradicionais na especialidade de Cardiologia e um dos mais realizados em todo o mundo, segundo revela o cirurgião cardíaco do Hospital São Vicente Curitiba, Dr. Roberto Gomes de Carvalho. “Entre 50 a 60% das cirurgias cardíacas realizadas são de ponte de safena”, afirma.
Denominada tecnicamente como revascularização do miocárdio, essa cirurgia surgiu em 1967, quando o cirurgião argentino René Favaloro
padronizou o procedimento como é realizado hoje. “Antes disso, a
cirurgia já tinha sido realizada esporadicamente, mas sem resultados
satisfatórios. Foi nessa data que o René Favaloro, após a sua residência na Cleveland Clinic (Estados Unidos),
padronizou a cirurgia, que foi publicada em todos os periódicos de
Medicina do mundo, tornando-se consagrada a partir de então e ficando
popularmente conhecida como ponte de safena”, conta Dr. Roberto
Carvalho.
A
cirurgia cria um desvio na artéria coronária por meio de uma veia
safena, que abre caminho para a circulação do sangue da aorta até o
miocárdio, músculo do coração. “O nosso coração é irrigado por três
artérias coronárias principais. Quando existe uma obstrução muito
importante nessas artérias é realizada essa ponte de safena, com a veia
que é retirada da perna. É feita uma anastomose, ou seja, a veia safena é
costurada na artéria coronária e depois essa veia é costurada na
aorta”, explica o cirurgião cardíaco.
Contudo,
hoje já é possível também utilizar outros enxertos para esse
procedimento. “A cirurgia de ponte de safena teve muitas evoluções, uma
das principais foi a utilização do enxerto arterial, ou seja, o emprego
da artéria mamária, localizada na altura da mama. Foi observado por
experiências e pela literatura que essa artéria tem uma permeabilidade
mais longa que a safena, de 25 a 30 anos”, revela Dr. Roberto de
Carvalho. “O enxerto da artéria radial, que é a do braço, também pode
ser utilizado com bons resultados”, complementa.
O
procedimento cirúrgico é indicado para casos de obstrução mais grave
das coronárias, de uma ou mais artérias, em que o paciente sente dores
no peito. Em alguns casos isolados de obstruções mais leves, a cirurgia
pode ser substituída. “Outro procedimento que temos hoje é a
angioplastia da artéria coronária ou a introdução de um stent dentro
da coronária, realizado em laboratório hemodinâmico”, considera o
cirurgião cardíaco, ressaltando que a escolha de qual método utilizar
depende do caso de cada paciente.
Como prevenir?
A obstrução das artérias coronárias é denominada de Doença Arterial Coronariana, que atinge mais de 4 milhões de brasileiros, segundo o relatório Estatística Cardiovascular – Brasil 2021, publicado nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Ela é causada pelo acúmulo de placas de gordura, que têm como principais fatores de risco a hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto, obesidade e tabagismo. “Existem também os fatores hereditários que contribuem para o surgimento de doença arterial coronariana, pessoas que os parentes de primeiro grau (pai, mãe, tio, irmão) tiveram a doença”, exemplifica o cirurgião cardíaco.
Para tentar diminuir a chance de desenvolver a doença arterial coronariana, o cirurgião cardíaco ressalta a importância de adotar atitudes preventivas. “Praticar atividades físicas, ter uma alimentação saudável, realizar um acompanhamento frequente com um cardiologista e, caso tenha, controlar a diabetes, o colesterol e a hipertensão, sem nunca abandonar o tratamento”, salienta Dr. Roberto Gomes de Carvalho.
Sobre o Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF - O Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF, formado pelo Hospital São Vicente Curitiba, fundado em 1939, e pelo Hospital São Vicente CIC, inaugurado em 1973, atende a diversas especialidades, sempre pautado pela qualidade e pelo tratamento humanizado. Referência em transplantes de fígado e rim e nas áreas de Oncologia e Cirurgia, desde 2002 o Grupo é mantido pela Fundação de Estudos das Doenças do Fígado Kotoulas Ribeiro (FUNEF).
O Hospital São Vicente Curitiba é um hospital geral de alta complexidade. Em uma estrutura moderna, conta com pronto-atendimento, centros médico, cirúrgico e de exames, UTI, unidades de internação e centro de especialidades. Possui o selo de certificação intermediária de transplantes hepático e renal da Central Estadual de Transplantes do Paraná e seu programa de Residência Médica é credenciado pelo Ministério da Educação (MEC) nas especialidades de Cirurgia Geral, Cirurgia Digestiva, Cancerologia Cirúrgica e Radiologia.
A
instituição integra ainda a lista de estabelecimentos de saúde que
atendem ao padrão de qualidade exigido pela Agência Nacional de Saúde
Suplementar – ANS, órgão regulador vinculado ao Ministério da Saúde.
Mais informações no site www.saovicentecuritiba.com.br.
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