CEM ANOS DE UM DISCRETO E SAGAZ VAMPIRO

Cem anos de um discreto e sagaz vampiro Autora: Silvia Bocchese de Lima Entre as inúmeras características que já atribuíram a Dalton Trevisan – bem-humorado, extraordinário, artista da palavra, contista magistral, inventor, premiado, grande paisagista de Curitiba, incansável operário das letras, um dos maiores escritores do país –, a de vampiro certamente seria execrada por Rui Werneck de Capistrano, que não admitiria que o chamassem assim. No Correio de Notícias , ele reclamou, na década de 1990, que apontavam Dalton como “ vampiro de almas” , afinal ele não era “tão pouco vampiro disso quanto daquilo”. Para ele havia excessos no uso da expressão: “em qualquer artigo ou resenha já soltam uma frase de efeito com vampiro no meio”. Deixando o notívago caçador de sangue de lado, cabe a Dalton Trevisan, em 2025, o título de centenário – em 14 de junho ele completaria 100 anos de ida...