CAIXA CULTURAL CURITIBA APRESENTA PEÇA QUE ABORDA OS DESAFIOS DE UMA MÃE PRETA DIANTE DO RACISMO DA SOCIEDADE

 

O monólogo “Ninguém Sabe Meu Nome” reflete sobre os códigos racistas, seus impasses, impactos e possíveis propostas de reparo  

A atriz Ana Carbatti. Foto: Renato Mangolin.  

A CAIXA Cultural Curitiba apresenta a peça teatral Ninguém Sabe Meu Nome, espetáculo estrelado por Ana Carbatti, e dirigido por Inez Viana e Isabel Cavalcanti. O monólogo mergulha nos desafios enfrentados por uma mãe negra ao lidar com o racismo e busca refletir sobre os códigos tácitos presentes na sociedade, seus impactos e possíveis caminhos para a reparação. As apresentações serão nos dias 19 a 22 de Setembro, sendo de quinta-feira a sábado, às 20h, e no domingo às 19h. A sessão do dia 20 contará com interpretação em Libras.

 

Concebido para dialogar com todos os públicos, e não somente com o público preto, o monólogo retrata Iara, uma mulher preta de meia idade, mãe de um menino preto. Em uma conversa íntima com o público, ela vive um dilema e se pergunta: deve educar seu filho para que cresça e floresça em sua pureza ou despi-lo em tenra idade de sua inocência e prepará-lo para enfrentar uma sociedade que não o reconhece como igual? Ou ainda, é possível fazer as duas coisas? As dúvidas se tornam ainda mais pertinentes uma vez que a trama se passa no Brasil, país que tem a maior população preta do mundo fora do continente africano.


Da reflexão ao entretenimento, provocando engajamento e empatia, distinguimos o problema do preto e o problema do branco. Iara só quer ter a certeza de que seu filho vai chegar à idade adulta e se tornar um cidadão comum e respeitado. A sua angústia sintetiza a de milhões de mães no Brasil e no mundo”, conta a premiada atriz, indicada ao Prêmio Shell e ao APTR pelo papel.

 

A trama se desenrola a partir do pesadelo de Iara, no qual seu filho desaparece. Isso a leva a questionar sua própria existência e seu papel na sociedade como mãe e mulher. Ela deve escolher entre educar seu filho para enfrentar um mundo que muitas vezes o rejeita ou protegê-lo da realidade cruel da discriminação racial. O monólogo leva o público a uma jornada íntima pelas angústias, medos e esperanças de Iara, enquanto ela se expõe completamente, tanto emocionalmente quanto fisicamente.

 

O espetáculo não perde o humor e a empatia, mas serve como um lembrete contundente de que a sociedade ainda precisa assumir sua responsabilidade e agir para reparar as injustiças históricas contra a população preta. “Promover a presença e o protagonismo pretos é necessário para a construção do que pode(re)mos chamar de identidade brasileira. E só o antirracismo conseguirá nos devolver à humanidade perdida em mais de 300 anos de escravização. Não haverá liberdade enquanto não houver igualdade. Essa peça é uma das mais importantes que já fiz em quase 40 anos de teatro”, destaca Inez Viana.

 

Debates e oficina

Além das sessões da peça, na sexta-feira (20) haverá um debate após a apresentação que será mediado pela atriz e pela produtora executiva do projeto, a socióloga Raissa Imani.

 

Já no dia seguinte, sábado (21), é a vez do debate temático “Co-vítima – uma questão de saúde pública", que será uma interlocução do teatro com a comunidade, com a participação de palestrantes convidados, Marcel Malê e Glaucia Pereira do Nascimento.

 

Por fim, no domingo (22), acontece a oficina “Meu corpo: ação e emoção teatral”, cujo projeto pedagógico parte da exploração cênica de experiências físicas e vivências pessoais para a construção da cena. A partir de histórias pessoais, os participantes serão estimulados por Ana Carbatti a criar uma partitura vocal e corporal que expresse o conteúdo de seus relatos, culminando na apresentação de uma cena de até 3 minutos cada.

 

SERVIÇO:

[Teatro] Ninguém Sabe Meu Nome

Local: CAIXA Cultural Curitiba – Rua Conselheiro Laurindo n° 280 - Centro

Data: 19 a 22 de Setembro (sessão com interpretação em Libras no dia 20)

Horário: quinta a sábado às 20h, domingo às 19h

Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada conforme legislação e clientes CAIXA), à venda a partir de 14 de setembro

Bilheteria: de terça-feira a sábado das 10h às 20h, domingo das 10h às 19h

Nesse evento haverá também bilheteria online a partir das 15h, em link que será disponibilizado no dia 14/09 no Instagram @caixaculturalcuritiba e no site da CAIXA Cultural Curitiba

Duração: 60 minutos

Classificação indicativa: 12 anos 

Capacidade: 125 lugares (2 para cadeirantes).

 

[Debate] Mediado pela atriz, produtora executiva e socióloga Raissa Imani

Local: CAIXA Cultural Curitiba

Data: sexta-feira 20 de setembro

Horário: após a apresentação da peça

Duração: 60 minutos

Classificação indicativa: 12 anos 

 

[Debate] Co-vítima – uma questão de saúde pública

Local: CAIXA Cultural Curitiba

Data: sábado 21 de setembro

Horário: 15h30

Duração: 60 minutos

Classificação indicativa: 18 anos 

 

[Oficina] Meu corpo: ação e emoção teatral com Ana Carbatti

Local: CAIXA Cultural Curitiba

Data: domingo 22 de setembro

Horário: 13h

Duração: 4 horas

Classificação indicativa: 18 anos 

 

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