O ARTISTA LAVALLE APRESENTA A EXPOSIÇÃO: A ESPESSURA DA SOMBRA EM CURITIBA
O artista Luiz Lavalle está realizando uma exposição individual que tem como título: a espessura da sombra, na Ponta de Fuga, galeria de arte, localizada na Rua Saldanha Marinho, 1220 - Em Curitiba.
A expoisção inaugurou no dia 15 de outubro, num autêntico happeniing, super prestigiafo por amigos, artistas, colecionadores e jornalistas. Nessa mostra, você vai poder conferir ao vivo, as técnicas de gravura, aplicadas à pintura, na série Manto, o artista vem se deciando à pesquisa de novos modos de fazer e executar sua obra, numa discussão sobre a sombra não ser estática e a iluminação pode mudar a cada nova instalação. A mostra se compõe de três grandes pinturas em tecido e três paredes com as caixas, ora iluminadas ou não.A expoisção tem a curadoria de Karina Bach que sobre a exposição escreveu:
Espessura (es·pes·su·ra) - sf: Qualidade do que é espesso; grossura. Estado do que é denso; densidade, bastidão. Aglomeração, ajuntamento de coisas que formam um todo compacto.
Sombra (som·bra) - sf: Espaço obscuro resultante da interceptação dos raios luminosos por um corpo opaco. Espaço pouco iluminado, onde não ocorre incidência de luz diretamente; obscuridade. Parte escurecida de algo; mancha. Parte escura de um desenho, gravura ou pintura que retrata os efeitos da falta de luz na natureza. Algo que existe em pequena quantidade; traço. Estado de desencanto e tristeza. Algo que não se conhece com clareza; enigma. Algo que parece ser imaterial; vulto. Imagem derivada da interrupção de passagem de radiação, algo que ocorre em radiografia de formação radiopaca. (Michaelis Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa)
No encontro de diferentes técnicas é que se estabelece a exposição A Espessura da Sombra de Lavalle, permeada por processos híbridos onde materiais, texturas, cores e formas se misturam, se constroem e se reconstroem.
A arte contemporânea se apresenta de forma cada vez mais híbrida, derrubando antigas barreiras que dividiam pintura, gravura, escultura e desenho. A produção artística de Lavalle explora as possibilidades de trabalhar entre as diferentes linguagens explorando os potenciais de cada uma - e de todas juntas. A exposição reúne trabalhos de três séries: Sombras Escuras, Sombras Iluminadas e Manto, refletindo a multiplicidade presente na obra do artista.
Na série Manto as “pinturas” em tela são produzidas através de técnicas de gravura. A gravação é feita em placas de raio-x, que entintadas vão com as telas para a prensa de gravura. No processo de impressão as gravações são sobrepostas criando novas imagens e resultando em uma abstração capaz de nos prender visualmente na busca pelos resquícios das imagens iniciais.
Sombras Escuras é um primeiro desdobramento, onde as próprias matrizes são incorporadas ao trabalho. Aqui as peças ganham tridimensionalidade, corpos construídos com madeiras coletadas que aos poucos e, quase, ao acaso do destino vão se conectando, encaixando e ganhando forma. Se assemelhando a relicários de materiais ordinários que possuem suas histórias já esquecidas.
As Sombras Iluminadas acrescentam mais uma camada de complexidade a estas caixas, elas ganham maiores dimensões e, principalmente, luz. As placas de raio-x, adquiridas a partir de doações de conhecidos, ganham evidência no contraste de luz e sombra que nos permite acessar suas imagens iniciais, aquelas que já estavam presentes antes da interferência do artista.
Ainda que divididas em três diferentes séries elas se desenvolvem atreladas uma às outras, em um processo cíclico em que uma deriva da outra e estão constantemente se retroalimentando. A sombra não é estática, caminha de acordo com a incidência de luz, varia de acordo com o ponto de vista, um elemento nunca fixo, imutável. Assim como a arte, sempre em relação com o espectador. Aqui exploramos sua espessura, densidade, profundidade, possibilidades.
Texto da curadora Karina Bach
Esta jornalista esteve presente à abertura prestigiando o artista Lavalle, e registrou com imagens.
A mostra segue aberta ao público até o dia 6 de novembro, na Ponto de Fuga, na Rua Saldanha Marinho, 1220 - Curitiba, com horários bem alternativos das 18 às 23h30 de terça a sábado. Se arrisque numa dessas você pode encontrar o artistas por lá e aproveitar para ir ao bar, Ginger que fica logo ao fundo da galeria..
Fotografia: Alice Varajão®
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