De passagem por Belém e a chuva

Ao entardecer percebi uma nostalgia no ar. Que ar carregado e sôfrego, parece que existe uma certa pressão pairando sobre a minha cabeça. O ar daqui é por vezes rarefeito, umidade do ar...? Mas carregado!

Existe um corre-corre, num compasso que parece frenético sem ser. Os veículos passam em alta velocidade, como se a cidade não existisse, bicicletas frenéticas, entram nas ruas, sem se dar conta dos veículos, não é uma competição, é um desafeto! O ir e vir, das pessoas em zig-zag constante. Não remete à calmaria que se propõe em tantas poesias e canções, da literatura paraense.

Ah! Sem falar que as lojas do comércio local, promovem um longo horário de almoço, incluindo a sesta, e, que dormidinha básica é essa? Todos os dias após o almoço. E reabrem lá pelas três da tarde. Esse é o costume local.

Este arremedo de texto é de uma pessoa, que acorda cedo e volta a dormir, devido ao calor das noites do chamado Inverno (Verão) de Belém do Pará. Também é para deixar aqui registrado mais uma vez e comentar da correria desenfreada do trânsito, totalmente deseducado para os que vivem, assim como eu, lá pra baixo, mais ao sul, na faixa do Trópico de Capricórnio. Desde já desejo que todos tenham todos uma boa semana se puderem!

Ah! E durma-se bem com a chuva, que a cada dia insiste em cair mais cedo, e devagarzinho, sempre por volta das 12 horas, horário local - já que aqui não é observado o horário de Brasília-DF.

Aos 392 anos de Belém do Pará, comemorados em 12 de Janeiro de 2008.

Alice Varajão, jornalista idependente.

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