AMA MÚSICA BRASILEIRA? NÃO PERCA "BOM DIA, ETERNIDADE" NO FESTIVAL DE CURITIBA
O reencontro após décadas mistura os traumas e os sonhos do passado às memórias atuais dos quatro num texto, a um só tempo, sensível e contundente, que reflete sobre o direito ao envelhecimento da população negra no Brasil.
Este mosaico de histórias, por si só, era material para um grande espetáculo, mas a direção de Luiz Fernando Marques (Lubi), a dramaturgia de Jhonny Salaberg e a direção musical de Fernando Alabê deram outra dimensão à trama ao contá-la com a melhor música feita por artistas negros no Brasil no século 20.
Músicos com história
Quem as interpreta, ao vivo, no palco, é um quarteto de músicos/atores que têm, eles próprios, muita história para contar.
Luiz Alfredo Xavier é instrumentista e compositor de mão cheia e já foi parceiro de Jamelão e de outros grandes nomes da música brasileira. O baterista e crooner Cacau Batera tem história de décadas ao lado de grandes nomes da MPB, do samba e do jazz, como músico de estúdio e da “noite”.
A cantora Maria Inês precisou encerrar a carreira ascendente nos anos 1960 para se tornar cabeleireira, ofício em que atuou por 50 anos até se aposentar, quando pode, enfim, voltar a cantar no Coral da USP. Por enfim, o maestro Roberto Mendes Barbosa é um requisitado regente de coral, cantor, compositor e músico de cena para teatro em São Paulo.
Clássicos da MPB
Em cena, além de fazerem o papel da fase idosa dos personagens que os atores Ailton Barros, Filipe Celestino, Jhonny Salaberg e Marina Esteves interpretam na fase jovem, eles dão voz a canções de Djavan, Tim Maia, Jorge Aragão, Jorge Ben Jor, Lupicínio Rodrigues e Johnny Alf, além de outros temas originais que conduzem a dramaturgia e tornam a peça imperdível aos amantes da música brasileira.
Trilogia da Morte
“Bom dia, Eternidade” é o espetáculo que encerra a Trilogia da Morte, resultado de uma pesquisa de seis anos do grupo O Bonde sobre a necropolítica imposta aos corpos negros, determinando sua relação com a morte, seja física ou simbólica.
“Ainda que seja uma peça solar e musical, ‘Bom Dia, Eternidade’ fala sobre a velhice negra e o direito de envelhecer, apontando para outras questões sociais fundamentais”, destaca o dramaturgo Jhonny Salaberg.
A Mostra Lucia Camargo do Festival de Curitiba é apresentada por Petrobras, Sanepar, CAIXA e Prefeitura de Curitiba, com patrocínio de CNH Capital – New Holland, EBANX, ClearCorrect – Neodent, Viaje Paraná – Governo do Estado Paraná e Copel – Pura Energia, além do patrocínio especial da Universidade Positivo.
Festival de Curitiba
A 33ª edição do Festival de Curitiba acontece de 24 de março a 6 de abril, reunindo cerca de 350 atrações em mais de 70 espaços de Curitiba e Região Metropolitana. A programação inclui espetáculos teatrais premiados e aclamados pelo público, estreias nacionais e uma ampla diversidade de manifestações artísticas, como dança, circo, humor, música, oficinas, shows, performances e gastronomia.
Acompanhe todas as novidades e informações pelo site do Festival de Curitiba www.festivaldecuritiba.com.br, pelas redes sociais disponíveis no Facebook @fest.curitiba, pelo Instagram @festivaldecuritiba e pelo Twitter @Fest_curitiba.
Serviço:
30 de abril às 19h e 31 de abril às 20h30
Teatro da Reitoria
Contemporâneo/Musical
Classificação: Livre
São Paulo (SP)
Duração: 150’
33.º Festival de Curitiba
Data: De 24/3 a 6/4 de 2025
Valores: Os ingressos vão de R$00 até R$85 (mais taxas administrativas).
Ingressos: www.festivaldecuritiba.com.br e na bilheteria física exclusiva no Shopping Mueller (Segunda a sábado, das 10h às 22h e, domingos e feriados, das 14h às 20h).
Verifique a classificação indicativa e orientações de cada espetáculo.
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