À BEIRA DO ABISMO ME CRESCERAM AS ASAS NO FERNANDA MONTENEGRO

   
"À Beira do Abismo me Cresceram Asas" terá três apresentações no Teatro Fernanda Montenegro
 
Peça narra histórias colhidas em asilos e foca na relação das octogenárias Terezinha, vivida por Maitê e Valdina, com Clarisse Derzié Luz
 
Sucesso de crítica e público, o espetáculo "À Beira do Abismo me Cresceram Asas", de Maitê Proença (baseado em pesquisa e ideia de Fernando Duarte), dirigido por Clarice Niskier e Maitê Proença, com supervisão de Amir Haddad, chega Curitiba, com três apresentações. A comédia será encenada no Teatro Fernanda Montenegro, nos dias 07, 08 e 09 de junho.

O texto tem como ponto de partida algumas histórias reais, colhidas em diferentes asilos do Brasil. A partir daí, criaram-se novos histórias, ideias, conceitos, costurou-se suspense com magia, brotou a dramaturgia, surgiu a peça e nasceram Terezinha e Valdina. "Nossas velhas são tão crianças, tão jovens e tão maduras quanto tantas outras sólidas senhoras que vemos pelas ruas", conta Maitê.

É um retrato encantador sobre duas mulheres. O espetáculo fala sobre a vida.

"Filtro pra quê? Voltei para a infância e falo o que me vem na cabeça. Para alguma coisa tem de servir a velhice." A frase é de Valdina, uma das personagens da peça. "O que você vê quando olha pra mim? Uma velha rabugenta e reclamona? Eu não sou o que você está olhando. Eu sou aquilo que está dentro do que você está olhando. E o que eu converso com você vem de lá, eu sou o lado avesso da velha que você vê", diz Terezinha,

Teresinha e Valdina são as protagonistas do espetáculo. Valdina (Clarisse Derzié Luz), de 80 anos, parece levar o dia a dia com otimismo, sem nostalgias, mas não se engane, ela carrega um grande segredo. Terezinha (Maitê), de 86, é de temperamento carrancudo ainda que bem resolvido. Em comum têm a praticidade dos que aprenderam a simplificar a vida já que não há tempo para complicá-la. E têm a grande e indispensável amizade que se desenvolveu pelos anos de convívio.

"Nossas velhas são porretas, contam histórias, falam de tudo sem medir palavras, inclusive de sexo, que é um assunto que não morre. Valdina é uma mistura de Dercy Gonçalves e Ivete Sangalo e a Terezinha é uma Laura Cardoso. Juntas podem tudo!", resume Maitê.

"Velhice não é para covardes". Parafraseando a cantora francesa Edith Piaf, Maitê Proença começa a explicar por que resolveu se transformar numa senhorinha de 80: "Asas" é para quem gosta de ser mexido por dentro. Velhas contêm todas as idades. E é uma fase em que caem as máscaras, não se tem mais cerimônia para tratar as coisas, há autoridade.

Elas não têm tempo a perder. Não há aquele verniz todo por cima. A esta altura da vida, não é preciso tirar tantas camadas para chegar à pessoa de verdade. Elas falam coisas inacreditáveis, que ninguém fala: "Esse vestido é bonito, mas estava muito feio em você." Ou: "Minha filha, na sua idade fiz um preenchimento nas mãos, você não pode ter mãos assim e deixar." Elas te alertam para o que você não esta vendo. E contam coisas inacreditáveis da vida pessoal, que com certeza não contavam aos 50. "O público ri durante quarenta minutos e se emociona no final", diz Maitê Proença.

Serviço: Peç: "À Beira do Abismo me Cresceram Asas"
Datas: 07, 08 e 09 de Junho
Horário: 21h
Ingressos: R$ 90,00 (inteira) e R$ 45,00 (meia)
Meia entrada destinada para: pessoas acima de 60 anos, estudantes, professores da rede pública e privada de ensino, doadores de sanguem com carteirinha com até seis meses da última data de doação, clube do Assinante da Gazeta do Povo.
Local: Teatro Fernanda Montenegro - Shopping Novo Batel
Endereço: Rua Coronel Dulcídio, 517, Batel - Curitiba (PR)
Telefone:
(41) 3322-6644 / 3222-4484www.shoppingnovobatel.com.br

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