PEÇA BASEADA EM TEXTO DE HILDA HILST NO NOVELAS CURITIBANAS
O Caderno Rosa
da Senhora H chega ao Novelas Curitibanas em Fevereiro
A Boreal
Companhia de Teatro estreia, em 7 de Fevereiro, a peça O Caderno Rosa da
Senhora H, baseada no livro O Caderno Rosa de Lori Lamby, da
escritora paulista Hilda Hilst (1930-2004). As apresentações acontecem no
Teatro Novelas Curitibanas, com ingressos gratuitos. A última adaptação de
alcance nacional desse texto foi feita pela diretora Bete Coelho e pela atriz
Iara Jamra em 1999 e, coincidentemente, a estreia ocorreu em Curitiba.
“O Caderno
Rosa de Lori Lamby” é o primeiro livro da chamada “Trilogia Obscena” iniciada
por Hilda Hilst com a finalidade específica de oferecer ao público textos
supostamente mais comerciais e divertidos, que, aproveitando-se da temática
erótica, fossem garantia de vendagem da sua obra. “Hilda estava cansada de ser
tolhida pelos editores da época, que insistiam em enquadrar seus textos.
Escritora hoje considerada icônica, antes era chamada de ‘hermética e
excêntrica’ e, logo, pouco lida. Então, decidiu revolucionar”, conta a diretora
e produtora cultural Cris Betina Schlemmer.
O texto para essa montagem foi adaptado pela diretora Cris Betina Schlemmer, pela atriz Thyane Antunes e pelo dramaturgo Lucas Komechen. O monólogo traz à cena a personagem Lori Lamby, uma garotinha de oito anos que escreve histórias pornográficas em seu diário cor-de-rosa. Permeando a narrativa encontramos a própria autora que apresenta as motivações que a levaram a entrar no universo obsceno. “Uma vez que o texto original traz uma série de dados autobiográficos, foi inevitável trazer a figura de Hilda como personagem da peça e transformar o O Caderno Rosa de Lori Lamby no O Caderno Rosa da Senhora H”, explica a atriz Thyane Antunes.
O texto para essa montagem foi adaptado pela diretora Cris Betina Schlemmer, pela atriz Thyane Antunes e pelo dramaturgo Lucas Komechen. O monólogo traz à cena a personagem Lori Lamby, uma garotinha de oito anos que escreve histórias pornográficas em seu diário cor-de-rosa. Permeando a narrativa encontramos a própria autora que apresenta as motivações que a levaram a entrar no universo obsceno. “Uma vez que o texto original traz uma série de dados autobiográficos, foi inevitável trazer a figura de Hilda como personagem da peça e transformar o O Caderno Rosa de Lori Lamby no O Caderno Rosa da Senhora H”, explica a atriz Thyane Antunes.
Hilda Hilst é
uma escritora premiada e a companhia procurou ressaltar a importância da obra,
mantendo-se fiel ao texto: “Afinal, o livro é dedicado a memória da língua.
Também queremos proporcionar ao espectador uma experiência individual, como se
ele mesmo estivesse lendo o livro”, comenta a diretora.
Para Thyane,
dar vida a um texto forte e impactante é um trabalho delicado e difícil.
"Está sendo uma experiência incrível e há muitos desafios. Esse livro tem
o caráter de se ler escondido. Falar em voz alta é estranho. Por isso, contar
essa história para as pessoas, num palco, é desafiador", diz a atriz.
Construir a personagem central, Lori Lamby, é mais complexo ainda. “É bem
difícil fazer uma criança, pois o espectador vê um adulto em cena, e
interpretar sem infantilização é complicado. É preciso descobrir como fazer
isso com delicadeza e cuidado para não criar uma caricatura”.
A diretora
Cris Betina afirma que a obra é a consolidação da construção da Boreal
Companhia de Teatro. “Esta montagem possibilita a convivência entre os
componentes da equipe, o estabelecimento de laços e afinidades artísticas. Em
termos de conteúdo, ela nos dá voz para a exploração e a exposição de um tema
delicado, mas tratado de uma maneira brilhante por uma das mais consagradas
escritoras brasileiras. No seu texto, Hilda nos mostra que a malícia está na
cabeça do adulto, preservando a ingenuidade da criança. E ainda nos permite
falar do escritor/autor/artista, suas motivações para a criação e o
desenvolvimento da sua voz e sua obra, seu legado no mundo, abordando as
questões que permeiam esse processo”.
Apresentações
O espetáculo,
realizado com o apoio do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura - Fundação
Cultural de Curitiba e Prefeitura Municipal de Curitiba, estreia no dia 7 de Fevereiro, no Teatro Novelas Curitibanas, e segue em temporada de quinta a
domingo, até o dia 3 de Março. A classificação indicativa é de 18 anos.
Sobre a Boreal Companhia de Teatro
A Boreal
Companhia de Teatro nasceu em 2010 pelas mãos da produtora cultural e diretora
Cris Betina Schlemmer e pela atriz Thyane Antunes. A companhia é especializada
na elaboração, desenvolvimento e execução de projetos culturais aprovados pelas
leis de incentivo (municipal, estadual e federal), com o objetivo de gerar
valor aos seus parceiros e fomentar a cultura no país. Ao longo desses anos,
montou peças para o público adulto e infantil, priorizando a qualidade
artística, técnica e humana nos projetos que realiza. Entre as suas principais
realizações estão: O Império da Paixão em Fatias Parcimoniosas, Nina e o Reino
das Galochas e Belinkando.
Ficha Técnica
Direção: Cris Betina Schlemmer
Elenco: Thyane Antunes
Cenário: Gui Almeida e Cris Betina
Schlemmer
Cenotecnia: Ateliê Miniart
Figurino: Gui Almeida
Direção de Produção: Cris Betina
Schlemmer
Assistência de Produção: Natália
Drulla
Direção Musical: Gabriel Martins
Adaptação do Texto: Lucas Komechen,
Cris Betina Schlemmer e Thyane Antunes
Coordenação do Projeto: Thyane Antunes
Assistência de Direção: Tiago Batista
Preparação Corporal: Natália Drulla
Iluminação: Semy Monastier e Erika
Mityko
Maquiagem: Tiago Batista
Fotos: Tiago Batista
Assessoria de Imprensa: Expressa
Comunicação
Projeto Gráfico: Francisco Ugalde
SERVIÇO: O Caderno Rosa da Senhora H
Data: de 7 de Fevereiro a 3 de Março
Apresentações: de quinta a domingo, às
20h
Local: Teatro Novelas Curitibanas
Endereço: Rua Presidente Carlos
Cavalcanti, 1.222 - Alto São Francisco.
Classificação indicativa: 18 anos
Entrada franca: os ingressos serão
distribuídos uma hora antes do espetáculo.
Comentários