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MOMENTO SAÚDE E BEM-ESTAR: Com a chegada do inverno é preciso ficar atento aos sintomas de gripe, resfriado e Covid-19
Perda de paladar e olfato, dor de cabeça e fadiga podem ser sinais tanto de gripe, resfriado ou infecção pelo novo coronavírus
Gripes e resfriados tornam-se mais comuns durante o inverno, que inicia na próxima segunda-feira, 21 de Julho. Dor de garganta, tosse, coriza, falta de ar, com ou sem febre, são alguns dos sintomas dessas doenças, mas que podem também indicar a Covid-19. Por isso, é preciso procurar o médico para fazer o exame de detecção. O alerta é da médica infectologista do Grupo Hospitalar São Vicente, Dra. Thatiane Nakadomari.
Os
sintomas respiratórios da Covid-19 se parecem bastante com sintomas
inicias de gripes e resfriados, incluindo perda de paladar e olfato, dor
de cabeça e fadiga. Já a febre por mais de 48 horas e, em idosos,
confusão mental, são sinais de alarme.
“É
preciso que com um ou mais sintomas respiratórios, o paciente, além de
fazer o exame, aguarde o resultado em isolamento. No caso de um
resultado positivo para o coronavírus, mantenha o isolamento”, recomenda
Dra. Thatiane.
Nakadomari
lembra que, com o uso de máscaras e com mais pessoas atentas à higiene
das mãos, diminuiu o número de casos de gripe (vírus Influenza A, B e C)
e resfriados (alguns vírus, como adenovírus e rinovírus). Dados do
sistema Infogripe, da Fiocruz, demonstram que entre janeiro e agosto de
2020, os casos de gripe caíram 62,2% em relação à média dos três anos
anteriores no mesmo período.
Mas
essas doenças, difíceis de distinguir entre si, continuam presentes,
principalmente com as temperaturas mais baixas do inverno. E a gripe
também pode matar.
Já
se sabe que essas doenças e a covid-19, em qualquer clima, são muito
transmissíveis. “As temperaturas baixas, por si só não favorecem a
transmissão de doenças respiratórias. O que acontece, por exemplo, é que
em períodos de frio, as pessoas se aglomeram mais e fecham portas e
janelas, e a falta de ventilação favorece a transmissão de vírus”,
aponta.
Prevenção e vacinação - Nakadomari destaca a importância da vacina contra a Covid-19, que é eficaz, já que não há cura ou tratamento precoce para a doença. “Para que possamos combater a Covid-19, é necessário a vacinação em massa. Enquanto 80% da população não estiver vacinada, não conseguiremos sair da pandemia”, ressalta.
Manter
distanciamento social, não aglomerar, lavar sempre as mãos, usar
máscara, manter ambientes bem ventilados são cuidados que Nakadomari
segue recomendando, pois comprovadamente funcionam na redução da
transmissão do coronavírus.
Ela
lembra ainda outras medidas que julga importantes, como políticas de
fechamento seletivo, deixando abertas apenas atividades realmente
necessárias e restrição de entrada de pessoas, e de educação social, com
incentivo a comportamentos simples, que já deveriam fazer parte do
cotidiano, como: não tossir “na cara dos outros”, deixar janelas abertas
mesmo no frio e não levar a mão ao nariz e tocar outras pessoas.
E
com a Covid-19, ainda é preciso manter a distância de um metro e meio
de outras pessoas, sem aperto de mãos, sem abraços ou beijos, sempre de
máscara.
“É
o mínimo. Se tivéssemos obedecido essas pequenas regras e vacinação em
massa, talvez não estivéssemos na situação em que estamos.”
Para ela, outra medida é parar de discutir e disseminar informações falsas sobre vacinas e sobre tratamentos que não funcionam. “Isso só impede que a gente evolua. Devemos acreditar na ciência, no que a maioria dos especialistas recomenda, acreditar na vacina”, conclui.
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