LIVRO, UMA OPÇÃO DE PRESENTA NO NATAL
Livro, uma boa opção
de presente no Natal!
Com a chegada do
Natal, as comemorações se completam com as diferentes formas de presentear
amigos, parentes e colegas. E a chegada de um novo ano traz renovação e vontade
de colocar em prática velhas ideias e projetos. Para o escritor Cezar
Tridapalli, os livros podem ser uma boa opção de presente para o fim do ano,
pois atendem essa expectativa de recomeço. “As pessoas passam os dias se
afogando em rotinas, e no fim do ano fazem promessas, expressam o desejo de
serem diferentes. Sendo assim, que maneira melhor de reinterpretar a vida do que
lendo um bom livro? Especialmente aqueles que trazem embates, conflitos humanos
tão poderosos que nos chacoalham e que reverberam na nossa vida, no nosso jeito
de ver o mundo, o outro e a si mesmo”.
Para quem gosta de dar
livros de presente, Tridapalli revela que, para ele, a ideia surge naturalmente
durante a leitura. “Normalmente eu leio sem pretensão de presentear. Mas, no
meio da leitura, me vêm à mente algumas pessoas que poderiam gostar daquelas
palavras. Alguns meses atrás, li, por indicação do poeta e fotógrafo Ricardo
Pozzo, o romance O Mundo, do espanhol Juan José Millás. Durante e depois
da leitura, minha vontade foi ter uns três mil exemplares, para sair
distribuindo a torto e a direito”.
A vontade de agradar o
presenteado pode trazer dúvidas na escolha do livro, mas o autor afirma que não
são os aspectos sociais que definem os gostos literários. “Acabei de ler o
último romance do escritor britânico Ian McEwan, A balada de Adam Henry.
É a história de uma respeitável juíza da Vara de Família que, diariamente, julga
e decide a vida de muitas pessoas. Uma de suas principais tarefas é julgar o
caso de um jovem de 17 anos que, com o apoio dos pais, se recusa a receber
transfusão de sangue por causa das proibições impostas por sua religião.
Trata-se de um romance que mostra o quanto podemos estar desarmados
emocionalmente por mais que tenhamos mil experiências de julgamento da vida dos
outros. Então, minha pergunta é: isso interessa a que tipo de leitor? A todo
leitor disposto a se envolver emocionalmente, não importando se é marido,
esposa, namorada, professor. Bons livros superam essa
classificação”.
Segundo
Tridapalli, sua obra é lida por pessoas de diferentes idades e de gêneros
distintos, principalmente seu último romance O Beijo de Schiller, que é o
atual vencedor do Prêmio Minas Gerais de Literatura. “A presença de um certo
humor e a prospecção psicológica e existencial são coisas que chamam a atenção
dos leitores, além das tramas propriamente ditas”, lembra Cezar. O escritor
ainda comenta que ganha livros de poucas pessoas, somente daquelas que conhecem
seus autores e temas prediletos.
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