MOMENTO SAÚDE E BEM-ESTAR: Queda nos diagnósticos de câncer: médica alerta para a necessidade da retomada dos exames de rotina
MOMENTO SAÚDE E BEM-ESTAR: Queda nos diagnósticos de câncer: médica alerta para a necessidade da retomada dos exames de rotina
Somente nos casos de câncer de mama, um dos mais incidentes no Brasil, houve uma queda de 42% na realização de mamografias
Segundo
publicações recentes, dados levantados no DataSUS, departamento de
informática do Sistema Único de Saúde (SUS), mostraram que, em 2020 em
relação a 2019, houve uma queda de cerca de 40% na realização de
biópsias, que investigam se um tumor é maligno.
“Existem
muitas pessoas que deixaram de fazer os exames de rotina durante a
pandemia. A expectativa é que até 2029, os casos de cânceres em estágios
avançados e mortes sejam muito maiores do que as médias de antes da
pandemia”, revela Dra. Priscila Morosini, cirurgiã oncológica do
Hospital São Vicente Curitiba.
Em
2020, as estimativas do Inca apontavam 625 mil novos casos de câncer – o
mesmo número também é previsto para 2021. Contudo, dados do Painel
Oncologia - DataSUS indicam que foram feitos somente 475.847
diagnósticos de câncer no ano passado.
Os
cânceres mais incidentes no Brasil são os de mama, próstata e cólon e
reto, também denominado de colorretal. Ainda é importante salientar o
câncer de colo de útero, o terceiro mais comum na população feminina
Quando fazer os exames de rotina - Ao analisar esse cenário, a médica alerta ser essencial que os pacientes voltem a fazer os exames de rotina. “As pessoas têm a tendência de achar que o câncer é uma sentença de morte. Mas o diagnóstico precoce do câncer aumenta a chance de cura, podendo salvar vidas”, afirma.
As
mulheres sexualmente ativas devem fazer o Papanicolau, conhecido como
preventivo, anualmente – e após exames sequenciais normais, o
especialista pode aumentar essa periodicidade para bianual. “Os tumores
de colo de útero são 100% curáveis se diagnosticados na fase
pré-tumoral”, salienta. Já o exame de mamografia é recomendado
anualmente a partir dos 40 anos, conforme diretrizes da Sociedade
Brasileira de Mastologia, ou bianual a partir dos 50 anos, segundo
recomendações do SUS. “A colonoscopia, que detecta o câncer colorretal, é
recomendado a partir dos 45 anos para todos”, observa Dra. Priscila
Morosini, lembrando que indivíduos com histórico familiar importante e
risco aumentado identificado pelo especialista podem precisar iniciar em
idade mais precoce esse rastreio.
Esses
três tipos de cânceres quando apresentam sintomas, geralmente, são em
estágios mais avançados, por isso a necessidade dos exames diagnósticos.
“Quando falamos de maneira geral, qualquer sintoma novo, seja em homem
ou mulher, deve ser investigado. Não podemos fazer de conta que não
estamos vendo mudanças em nosso corpo”, orienta a especialista.
Influências do estilo de vida - Segundo a Dra. Priscila Morosini, somente de 5% a 10% dos cânceres têm relação genética. Todos os outros são influenciados pelo estilo de vida, que sempre pode ser modificado. Má alimentação, sedentarismo, obesidade, tabagismo e alcoolismo são os principais fatores de risco de maneira geral. Mas, existem hábitos que podem ajudar a desenvolver tumores específicos.
“Para
cada tipo de tumor existem maus hábitos um pouco mais relacionados ou
medidas que ajudam a prevenir. Como no caso de ingestão alta de
alimentos processados contribuindo para o aumento da incidência do
câncer colorretal, ou medidas positivas e preventivas como a imunização
com a vacina do HPV, no caso do câncer de colo de útero. Quando falamos
de câncer de pele, não usar protetor solar é um fator de risco”,
exemplifica. “Mudança de hábitos de vida gerais, com atitudes mais
saudáveis, sempre terão impacto direto na prevenção dos cânceres”,
sinaliza a cirurgiã oncológica do Hospital São Vicente Curitiba.
Sobre o Hospital São Vicente-FUNEF - Fundado em 1939, o Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF é composto pelo Hospital São Vicente Curitiba e pelo Hospital São Vicente CIC, que atendem a diversas especialidades, sempre pautados pela qualidade e pelo tratamento humanizado. É referência em transplantes de fígado e rim e nas áreas de Oncologia e Cirurgia e, desde 2002, o Grupo é mantido pela Fundação de Estudos das Doenças do Fígado Kotoulas Ribeiro (FUNEF).
O
Hospital São Vicente Curitiba é um hospital geral que atende alta
complexidade. Em uma estrutura moderna, conta com pronto-atendimento,
centros médico, cirúrgico e de exames, UTI, unidades de internação e
centro de especialidades. Possui o selo de certificação intermediária de
transplantes hepático e renal da Central Estadual de Transplantes do
Paraná e seu programa de Residência Médica é credenciado pelo Ministério
da Educação (MEC) nas especialidades de Cirurgia Geral, Cirurgia
Digestiva, Cancerologia Cirúrgica e Radiologia.
A
instituição integra ainda a lista de estabelecimentos de saúde que
atendem ao padrão de qualidade exigido pela Agência Nacional de Saúde
Suplementar – ANS, órgão regulador vinculado ao Ministério da Saúde.
Mais informações no site www.saovicentecuritiba.com.br
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