Jacopo Crivelli Visconti anuncia em Porto Alegre a 34ª Bienal de São Paulo
A vinda do crítico de arte e curador italiano antecede a abertura da 33ª Bienal de São Paulo - Itinerância Porto Alegre, no dia 12 de Outubro, na Fundação Iberê
A convite da Fundação Iberê, o crítico e curador italiano Jacopo Crivelli Visconti vem a Porto Alegre no dia 10 de Outubro (quinta-feira) anunciar a programação da 34ª Bienal de São Paulo. O encontro ocorre às 17h, no auditório da Fundação.
Escolhido pelo presidente da Fundação Bienal, José Olympio da Veiga Pereira, por meio de uma seleção entre cinco curadores inacionais e internacionais, Visconti já montou uma equipe para começar os trabalhos: curador-adjunto Paulo Miyada (curador, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo) e curadores convidados Carla Zaccagnini (artista, São Paulo-Malmo); Francesco Stocchi (curador de Arte Moderna e Contemporânea, Museum Boijmans Van Beuningen, Rotterdam); Ruth Estévez (curadora geral, Rose Art Museum, Boston; diretora, LIGA DF, Cidade do México).
Radicado em São Paulo, o napolitano tem uma longa relação com a Bienal de Artes. Integrante da Fundação Bienal de 2001 a 2009, foi curador da participação oficial brasileira na 52ª Bienal de Veneza (2007). Entre seus trabalhos recentes estão: Untimely, Again, Pavilhão da República de Chipre na 58ª Biennale di Venezia, Itália (2019); Brasile – Il coltello nella carne, PAC – Padiglione d’arte contemporanea, Milão, Itália (2018); Matriz do tempo real, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Brasil (2018); Memories of Underdevelopment, Museum of Contemporary Art of San Diego, EUA (2017); Héctor Zamora – Dinâmica não linear, Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo (2016); Sean Scully, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil (2015); Ir para volver, 12a Bienal de Cuenca, Equador (2014). É colaborador regular de publicações de arte contemporânea, arquitetura e design, além de escrever para catálogos de exposições e monografias de artistas.
A vinda de Jacopo Crivelli Visconti antecede a abertura da 33ª Bienal de São Paulo - Itinerância Porto Alegre, no próximo sábado, dia 12 de Outubro, às 14 horas, na Fundação Iberê. Serão apresentadas cerca de 40 obras de artistas, como Vânia Mignone, Antonio Ballester Moreno, Alejandro Corujeira e Sofia Borges. As exposições em circulação não replicam literalmente o que se viu na capital paulista, mas apresentam diferentes associações e relações a partir de recortes de obras e artistas.
Faz escuro mas eu canto Marcada pelo encontro e potencialização mútua entre projeto curatorial e atuação institucional, a 34ª Bienal de São Paulo enfatiza poéticas da “relação” e adota uma estrutura de funcionamento inovadora, que envolve a realização de mostras e ações apresentadas no Pavilhão da Bienal a partir de fevereiro de 2020 e a articulação com uma rede de mais de 20 instituições paulistas. Quando o Pavilhão for inteiramente tomado pela mostra, a partir de setembro de 2020, essas instituições promoverão, em seus próprios espaços, exposições integrantes da 34ª Bienal.
Intitulada Faz escuro mas eu canto, verso do poeta amazonense Thiago de Mello (Barreirinha, 1926), a mostra abre oficialmente em setembro de 2020. Mas a partir de fevereiro, serão realizadas ações no Pavilhão. A Bienal também contará com articulação em rede com mais de 20 instituições paulistas, que promoverão exposições integrantes em seus espaços.
A decisão pela criação dessa rede acompanha uma espécie de linha curatorial, que tem como objetivo destacar as poéticas da ideia de “relação”. Segundo Visconti, a 34ª Bienal reconhece o estado de angústia do mundo contemporâneo enquanto realça a possibilidade de existência da arte como um gesto de resiliência, esperança e comunicação. “O desafio para lidar com todos esses públicos é não ser nem hermético, nem excessivamente simples e, ao mesmo tempo, falar de uma maneira direta e honesta com todos eles”, afirma.
Serviço: Encontro com Jacopo Crivelli Visconti, curador da 34ª Bienal de São Paulo Quando: 10 de Outubro | Quinta-feira | 17h Local: Auditório da Fundação Iberê Entrada Franca.
A Fundação Iberê tem o patrocínio de IBM, Itaú, CMPC – Celulose Riograndense e Grupo GPS, e apoio de Barra Shopping Sul – Multiplan, DLL Group, Grupo IESA, Rede Plaza São Rafael, Sheraton Hotel, Instituto Federal do Rio Grande do Sul, Tecnopuc, SULGÁS e STIHL , com realização e financiamento da Secretaria Especial da Cultura - Ministério da Cidadania / Governo Federal. Programa Iberê nas Escolas: Secretaria da Educação - Prefeitura de Porto Alegre e Viação Ouro e Prata. Serviços de tradução: Traduzca.
Endereço: Fundação Iberê Camargo - Avenida Padre Cacique, 2000
Visitação: De quarta a domingo, das 14h às 19h (último acesso às 18h30min) A Fundação Iberê Camargo também atende a grupos agendados. Para fazer um agendamento, basta ligar para o Programa Educativo – 51 3247 8000
Site: www.iberecamargo.org.br | Fanpage: www.facebook.com/fundacaoiberecamargo | Instagram: @ f_iberecamargo
Visita virtual Google Artes & Culture: https://goo.gl/wYr75v
Exposições em cartaz
A Zona: a vida e a morte Artista: Wesley Duke Lee Local: 4º andar Visitação: 31 de Agosto a 27 de Outubro Classificação indicativa: Livre ENTRADA FRANCA
Realizada pela Fundação Iberê em parceria com o Instituto Wesley Duke Lee, a exposição " Wesley Duke Lee - A Zona: A vida e A morte” apresenta três fases que aconteceram simultaneamente para o artista paulistano, entre os anos 1962 e 1967. Ao todo, são 59 itens entre pinturas, desenhos e colagens, como os trabalhos de "Jean Harlow". Criada em 1967, a série reúne 30 desenhos que partiu do interesse de Duke Lee por relatos da sina trágica da atriz americana, conhecida como "vênus platinada" de Hollywood dos anos 1930.
Sobre a Fundação Iberê Camargo A Fundação Iberê é uma instituição privada sem fins lucrativos, criada em 1995, a partir de um desejo do próprio artista e sua esposa, Maria Coussirat Camargo, e com o apoio de amigos e empresários de Porto Alegre.
Há 22 anos, a Fundação desenvolve ações culturais e educativas com a missão de preservar o acervo, promover o estudo, a divulgação da obra de Iberê Camargo e estimular a interação de seu público com arte, cultura e educação, por meio de programas interdisciplinares. Seu acervo é formado por um núcleo documental, composto de documentos e imagens relacionadas à vida e à obra do artista, e um núcleo com a coleção Maria Coussirat Camargo, que inclui pinturas, gravuras, guaches, desenhos e estudos de Iberê Camargo, obras que o casal acumulou durante a vida.
Iberê Camargo
[Restinga Seca, 1914 – Porto Alegre, 1994] - Iberê Camargo é um dos grandes nomes da arte brasileira do século 20. Autor de uma extensa obra, que inclui pinturas, desenhos, guaches e gravuras, Iberê nunca se filiou a correntes ou movimentos, mas exerceu forte liderança no meio artístico e intelectual brasileiro. Dentre as diferentes facetas de sua vasta produção, o artista desenvolveu as conhecidas séries Carretéis, Ciclistas e As idiotas, que marcaram sua trajetória. Grande parte de sua produção, estimada em mais de sete mil obras, compõe hoje o acervo da Fundação Iberê Camargo.
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