O SAMBA MINEIRO DE JANAMÔ FAZ UM TRIBUTO A ELZA SOARES
A cantora mineira Janamô
se une ao consagrado violonista Paulão 7 Cordas para prestar uma homenagem a
Elza Soares com o espetáculo “Dura na Queda”
Em Curitiba, Janamô também vai relembrar algumas canções do seu álbum de estreia, “Festeira” (2014), quando ainda tinha o nome artístico de “Janaína Moreno”. No entanto, o repertório do show tem como espinha dorsal a bossa de Elza Soares – que a cantora mineira também homenageia como uma das intérpretes do musical “Elza”, em cartaz no Rio de Janeiro. Janamô conta que se inspirou na pesquisa do musical para a criação desse show inédito que reverencia o passado de Elza dentro do grande presente que é o samba. “Elza deu voz ao samba, gênero que a consagrou desde o sucesso de ‘Se acaso você chegasse’, do compositor Lupicínio Rodrigues, que também interpreto no show”, diz a artista.
Em sua participação no
Projeto Samba de Bamba, Janamô e Paulão 7 Cordas vão apresentar releituras para
a obra da “Mulher do Fim do Mundo”, com foco no samba de raiz, em canções como
“O Malandro” e “Dura na Queda”, ambas de Chico Buarque. Dona de uma voz doce e
forte, potente e suave, a artista é capaz de transitar com propriedade e
destreza pelo samba e pelo choro. Em sua apresentação, ela imprime diferentes nuances e incursiona com autonomia
na diversidade rítmica da MPB contemporânea ciente de que sua força é
originária da cultura popular, dos cantos afro-brasileiros, dos tambores e
minas e das tradicionais rodas de samba que frequenta.
Em Curitiba, Janamô também vai relembrar algumas canções do seu álbum de estreia, “Festeira” (2014), quando ainda tinha o nome artístico de “Janaína Moreno”. No entanto, o repertório do show tem como espinha dorsal a bossa de Elza Soares – que a cantora mineira também homenageia como uma das intérpretes do musical “Elza”, em cartaz no Rio de Janeiro. Janamô conta que se inspirou na pesquisa do musical para a criação desse show inédito que reverencia o passado de Elza dentro do grande presente que é o samba. “Elza deu voz ao samba, gênero que a consagrou desde o sucesso de ‘Se acaso você chegasse’, do compositor Lupicínio Rodrigues, que também interpreto no show”, diz a artista.
Cantora-revelação da
atual safra de intérpretes que ilumina a cena musical brasileira, a mineira
Janamô é também atriz, compositora, dançarina e percussionista. Deu seus
primeiros passos na arte ainda em Belo Horizonte (MG), onde foi coroada “Rainha
da Madrugada” por estar à frente de um projeto de muito sucesso na capital
mineira: o “Samba da Madrugada”. Janamô vem se dividindo entre Belo Horizonte e
Rio de Janeiro, desde o final de 2009, depois que venceu o prêmio “Novos Bambas
do Velho Samba “ – e foi finalista no prêmio “Divas da MPB” e no prêmio
“Talentos do Samba”, com curadoria de Arlindo Cruz e Dudu Nobre. A artista vem
dando passos sólidos na consolidação de sua carreira em meio a um mercado
fonográfico desacelerado, porém atento aos talentos promissores que se
apresentam com criatividade, autenticidade e irreverência.
Janamô chega ao “Samba
de Bamba” com a segurança de quem bebeu na fonte, de quem buscou inspiração nos
grandes mestres, tais como Jacob do Bandolim, Milton Nascimento, Cartola,
Candeia, Ary Barroso, Noel Rosa, Nelson Cavaquinho, Ataulfo Alves, Gilberto
Gil, Caetano Veloso, Paulinho da Viola, Baden Powell, Vinícius de Moraes e
Paulo César Pinheiro. Em sua presença cênica fica evidenciada a força do
feminino e é possível identificar desde a dramaticidade e brejeirice de Clara
Nunes, a irreverência de Carmem Miranda, a articulação e a rítmica de Ademilde
Fonseca, a autenticidade e a força negra de Elza Soares, a passionalidade de
Elis Regina, a elegância de Elizeth Cardoso e a sensibilidade de Dona Ivone
Lara. É essa inspiração, provocada por mulheres extraordinárias, que ajuda a
construir a história da jovem cantora que se destaca por suas múltiplas
linguagens artísticas e por suas interpretações vivas, primorosas e
contagiantes.
Serviço: Música: Samba de Bamba com Janamô
Local:
CAIXA Cultural
Curitiba. Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Curitiba (PR).
Data: 7 de Agosto de 2018 (terça-feira)
Horário: 20h
Ingressos: Vendas a partir de 4 de Agosto
(sábado). R$ 20 e R$ 10 (meia – conforme legislação e correntistas que
pagarem com cartão de débito CAIXA). A compra pode ser feita com o cartão
vale-cultura.
Bilheteria: (41) 2118-5111 (De terça a sábado, das 12h às 20h. Domingo,
das 16h às 19h.)
Classificação etária: Livre
Lotação
máxima: 125 lugares
(2 para cadeirantes).
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