HABITAT – ESTUDOS DO CORPO COMO CASA
A Súbita Companhia de Teatro, que este
ano comemora 12 anos, estreia em Fevereiro (13) novo trabalho formado por cinco
solos.
Como se cria um
trabalho cênico apenas a partir de uma ideia, sem ter o texto ou a dramaturgia como base? Janaina Matter, Pablito Kucarz, Helena
de Jorge Portela, Conde Baltazar e Victor Hugo, atores e atrizes da Súbita
Companhia de Teatro, de Curitiba, partiram praticamente do zero para dar corpo
ao projeto Habitat.
A estreia será amanhã, dia 13
de Fevereiro,no Teatro José Maria Santos. A temporada seguirá até dia
24, sempre de quarta a domingo, com dois solos por dia, às 19h e às 21h.
Foram
três meses de processo colaborativo cuja proposta era investigar o próprio
corpo como casa, como lugar de atravessamento de questões poéticas, políticas e
estéticas, como lugar que se habita e cuja existência se revela em suas
múltiplas dimensões. O que cada corpo carrega? Quais memórias, identidades e
subjetividades habitam nossos corpos? Como revelam-se ou se escondem? O que
dizem quando estão em cena? Quem afinal habita esses corpos? Cada artista encontrou suas próprias respostas
e construiu a dramaturgia do seu trabalho solo orientados pela diretora e
dramaturga Camila Bauer de Porto Alegre (RS). A direção geral do projeto é de
Maíra Lour. Integram a equipe: Álvaro Antônio (assistente de direção e
sonoplastia), Babaya (preparadora vocal), Guenia Lemos (cenário), Val Salles
(figurino), Beto Bruel (iluminação), Michele Menezes (direção de produção) e Gabriela
Berbert (produção executiva).
“Trata-se
de um trabalho bastante autoral e minha principal contribuição tem sido viabilizar cenicamente cada ideia, potencializando
a criação de cada artista e entendendo o processo criativo de cada um”, conta a
diretora.
Além
deste olhar amplo, cada ator e atriz teve a oportunidade de convidar um artista
interlocutor para dialogar separadamente com seu trabalho durante a criação.
Colaboraram: Francisco Mallmann, Gladis Tridapalli, Kátia Drummond, Lígia
Oliveira e Ricardo Marinelli.
Em cena surgem múltiplos corpos: o corpo mulher, o corpo cicatriz, o corpo mãe, pai, filho, filha, o corpo morte, água, pedra, barco, fuga, o corpo afrofuturista, ficção, o corpo que não é, a falta. “Habitat é um momento importante para a Súbita, pois permite reconhecermo-nos como indivíduos e como coletivo”, reflete Maíra. “Este projeto nos move como grupo a partir dos interesses artísticos individuais, o desenvolvimento desta pesquisa nos trouxe a possibilidade de criarmos trabalhos com proposições estéticas muito diferentes, que afirmam as várias potências de criação presentes na companhia”, completa.
Em cena surgem múltiplos corpos: o corpo mulher, o corpo cicatriz, o corpo mãe, pai, filho, filha, o corpo morte, água, pedra, barco, fuga, o corpo afrofuturista, ficção, o corpo que não é, a falta. “Habitat é um momento importante para a Súbita, pois permite reconhecermo-nos como indivíduos e como coletivo”, reflete Maíra. “Este projeto nos move como grupo a partir dos interesses artísticos individuais, o desenvolvimento desta pesquisa nos trouxe a possibilidade de criarmos trabalhos com proposições estéticas muito diferentes, que afirmam as várias potências de criação presentes na companhia”, completa.
SOBRE OS SOLOS
SINOPSES
JANAINA
MATTER / MULHER, COMO VOCÊ SE CHAMA?
1. Este solo parte de uma
inquietação em relação ao apagamento das mulheres na história do mundo. De um
contexto amplo até a aproximação com a intimidade da atriz e das mulheres da
família, o espetáculo ressignifica nomes e feitos históricos como forma de
reviver, resgatar, enaltecer e corporificar a presença das mulheres no passado,
no presente e sensibilizar sua força para o futuro.
2. Esse solo é uma busca de encontro
entre o que já foi, o que é e o que pode ser. É um movimento de falar de onde
eu vim pra tentar entender se silêncio é abismo ou ponte. É para chamar toda
mulher que já passou por aqui e as que aqui estão.
PABLITO
KUCARZ / O ARQUIPÉLAGO
1. Quanto tempo o corpo leva para
cicatrizar? O que esta cicatriz pode dizer sobre quem você é? Solo autoral do
ator Pablito Kucarz, a peça traça um retrato familiar e seus conflitos a partir
de marcas na pele e na memória.
2. Um homem em pé, em uma sala, com
um copo d’água na mão. Ele está sobre um pedaço de terra no litoral que começa
a sofrer erosão, provocada pela ação de correntes marítimas. O solo vai se
desgastando e, com o tempo, o buraco é tão grande que este pedaço de terra se
distancia do continente na superfície, apesar de continuarem unidos no fundo do
mar. Esta peça é sobre atravessar a água salgada.
HELENA
DE JORGE PORTELA / FOI ASSIM QUE O OCEANO INVADIU A MINHA CASA
Uma história sobre duas atrizes, que
em uma tarde como qualquer outra, tiveram suas vidas separadas pelo mar. O mar
que carrega o luto e a dor. Um espetáculo solo que tenta agarrar o tempo com as
mãos. Mãe e filha à deriva no oceano. “Se você me desse mais um segundo...” O
que vc faria se tivesse mais tempo? A vida não tem ensaio.
CONDE
BALTAZAR / UMA HISTÓRIA SÓ
Meu corpo é uma casa que é vizinha
da casa do meu filho. Um homem, um pai, conta através do seu corpo esburacado,
sua relação com a infância, seu pai, seu avô.... Um buraco que começou pequeno,
uma falta quase invisível e a ausência se instalou na carne e o silêncio se
tornou uma mochila para guardar as memórias dos dias.
A paternidade é esse labirinto, infinito,
com zonas de descanso. Nenhum filho se deixar moldar à vontade dos pais. É uma
história sobre pequenas coisas; a vontade de andar de trem, de conhecer o mar e
também sobre a falta, quando não dá para se despedir.
VICTOR
HUGO / PIRATARIA
Uma tentativa de fuga, um escape,
uma mensagem codificada, uma corrente. gritaria. a pele, o maior órgão do
corpo. um vírus. você acha que eu estou ficando louco? você vai me deixar aqui?
Uma ficção visionária, um holograma, arquivo oculto, um corpo no espaço.
SOBRE A COMPANHIA
O projeto Habitat é uma ação de pesquisa continuada, que se
propõe a levantar questões estéticas, conceituais, dramatúrgicas, de
interpretação, encenação e composição autoral, a partir dos interesses dos
artistas envolvidos.
A Súbita Companhia foi criada em 2007 com a intenção de fazer
arte de um ponto de vista colaborativo, contemporâneo e autoral. Além dos seus
integrantes conta com a parceria de vários artistas associados no processo e
pesquisa e criação dos trabalhos. “Acreditamos na intensa pesquisa teatral como
fonte de inspiração, manutenção e refinamento da criação artística e
estabelecemos uma prática contínua que parte da fisicalidade do corpo cênico
para os demais desafios da expressão teatral”, explica Michele Menezes,
diretora de produção.
Em maio a companhia fará uma temporada de repertório em
Curitiba com os trabalhos: Outra Palavra (2017), T3 (2015), Extraordinário
Cotidiano (2013), Amores Difíceis (2013), Porque não estou onde você está
(2012).
Para mais informações, acesse: www.subitacompanhia.com
Projeto realizado com o apoio do Programa de Apoio
e Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura Municipal de
Curitiba. Incentivo: Banco do Brasil, Grupo BRT e Redisul
SERVIÇO:
HABITAT – Estudos do Corpo como Casa (5 solos)
HABITAT – Estudos do Corpo como Casa (5 solos)
Quando: De
13 a 24 de Fevereiro (quarta a domingo)
Que Horas: 2 solos por dia -
1º horário: 19h 2º horário: 21h
Onde: Teatro José Maria Santos (Rua Treze de Maio, 655 - São Francisco)
Onde: Teatro José Maria Santos (Rua Treze de Maio, 655 - São Francisco)
Duração: 50
minutos cada solo
Classificação: 16
anos
Quanto: Gratuito
Obs.: Os ingressos
devem ser retirados na bilheteria do teatro, uma hora antes dos espetáculos, nos
dias das apresentações. Os solos são independentes, podem ser assistidos
separadamente. (*Confira a programação das apresentações)
Capacidade máxima por apresentação: 60 pessoas
Informações: 41
3324 8208.
PROGRAMAÇÃO:
Quarta-feira (13/02)
19h O ARQUIPÉLAGO /
Pablito Kucarz
21h FOI ASSIM QUE O
OCEANO INVADIU A MINHA CASA / Helena de Jorge Portela
Quinta-feira (14/02)
19h UMA HISTÓRIA SÓ /
Conde Baltazar
21h MULHER, COMO VOCÊ
SE CHAMA? / Janaina Matter
Sexta-feira (15/02)
19h FOI
ASSIM QUE O OCEANO INVADIU A MINHA CASA / Helena de Jorge Portela
21h PIRATARIA / Victor
Hugo
Sábado (16/02)
19h MULHER, COMO VOCÊ SE CHAMA? / Janaina
Matter
21h
O ARQUIPÉLAGO / Pablito Kucarz
Domingo (17/02)
19h PIRATARIA / Victor Hugo
21h UMA HISTÓRIA SÓ / Conde Baltazar
Quarta-feira (20/02)
19h PIRATARIA / Victor Hugo
21h MULHER, COMO VOCÊ SE CHAMA? / Janaina
Matter
Quinta-feira (21/02)
19h
FOI ASSIM QUE O OCEANO INVADIU A MINHA CASA / Helena de Jorge Portela
21h UMA HISTÓRIA SÓ / Conde Baltazar
Sexta-feira (22/02)
19h MULHER, COMO VOCÊ SE CHAMA? / Janaina
Matter
21h
O ARQUIPÉLAGO / Pablito Kucarz
Sábado (23/02)
19h UMA HISTÓRIA SÓ / Conde Baltazar
21h FOI ASSIM QUE O OCEANO INVADIU A
MINHA CASA / Helena de Jorge Portela
Domingo (24/02)
19h
O ARQUIPÉLAGO / Pablito Kucarz
21h PIRATARIA / Victor Hugo
FICHA TÉCNICA
Artistas: Janaina
Matter, Pablito Kucarz, Helena de Jorge Portela, Conde Baltazar e Victor Hugo
Santos
Direção: Maíra
Lour
Direção de
produção: Michele Menezes
Produção
executiva: Gabriela Berbert
Assistente de
direção e sonoplastia: Álvaro Antônio
Orientação em
Dramaturgia: Camila Bauer
Treinamento voz:
Babaya
Cenário: Guenia
Lemos
Iluminação: Beto
Bruel
Figurino: Val
Salles.
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