SE O FUTURO FOSSE UM VELHO CONHECIDO
O artista antoninense
Marcel Fernandes retoma sua narrativa em torno do planeta Kleper-186f. Desta vez
ele mistura fotografia, poemas e documentos para levar o público a uma viagem
cósmica entre passado e presente.
A Galeria Ponto de Fuga onvida
para a abertura, no próximo dia 8 de Maio, segunda-feira,da exposição “Por que todo esse
desespero? Deite sobre o meu peito e ouça o universo”, do artista Marcel
Fernandes. Entre a “realidade”, mito e ciência, o artista traça sua própria
narrativa sobre o Kleper-186f, planeta descoberto pela Nasa em 2014 e que possui
características muito próximas com a terra. Para isso, ele faz uso de imagens
criadas e apropriadas, poemas e documentos.
Esta não é a primeira vez que
Fernandes se deixa influenciar pelo planeta. Kleper-186f já foi tema de uma
premiada exposição fotográfica do artista e o recente projeto Rochas de Kepler,
no qual Fernandes desenvolveu peças modeladas a mão, de cerâmica, inspiradas nos
minerais existentes nos planetas do sistema estelar Kepler-186.
Desta vez, o artista mergulha mais
a fundo na pesquisa que fez. “A descoberta da Nasa é recente. Mas é possível que
o planeta Kepler-186 já fosse conhecido na antiguidade. Em 1986, um mergulhador
japonês chamado Kihachiro Aratake descobriu ruínas submersas cujos estudos
geológicos calcularam terem cerca de 11.000 anos de idade. Nas ruínas, um templo
construído em direção ao Kepler-186F nos faz mergulhar em uma intricada trama
cósmica”, explica o artista.
Partindo da premissa proposta pelo
espanhol Joan Fontcuberta – artista e fotógrafo ficcional - de que a função das
fotografias não é corroborar nossa verdade ou assentar nosso discurso, mas
exclusivamente questionar as hipóteses em que outros possam fundamentar sua
verdade, as imagens de Kepler-186f propostas por Fernandes levam o público a uma
viagem cósmica entre passado e presente, entre o planeta Terra e seu novo/antigo
irmão.
“A exposição evoca uma série de
questões que tangenciam não apenas as artes visuais, mas também a existência
humana. Vale destacar as relações que o artista faz entre a apropriação de
imagens fotográficas, o ato fotográfico dele mesmo e as interferências gráficas
que nascem a partir da combinação dessas ações”, destaca Milena Costa de Souza,
coordenadora da galeria Ponte de Fuga. “Sem dúvida alguma o evento interessará
públicos diferentes, além das imagens serem absolutamente incríveis
esteticamente”, completa.
Sobre o artista - Marcel Fernandes (1986)
nasceu e reside em Antonina, litoral do Paraná. Desenvolve uma pesquisa visual
sobre a relação entre realidade e ficção, permeando as artes visuais e a
literatura. Já realizou diversas exposições individuais e coletivas, tendo
destaque a exposição Ícaro e o Labirinto, no Museu de Arte Contemporânea do
Paraná, em Curitiba; Poesia Agora no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo;
Begira Photo Festival, em Durando (Espanha); e, Artistas Emergentes do Brasil,
no Espacio Menosuno, em Madrid. Tem publicados seus poemas e fotografias em
algumas revistas literárias nacionais e internacionais, como Escamandro, Gueto,
Mallarmargens, Parênteses e as portuguesas Enfermaria 6 e Piolho.
SERVIÇO: Exposição “Por que todo
esse desespero? Deite sobre o meu peito e ouça o universo”, do artista visual
Marcel Fernandes
Inauguração: 8.05.2017,
segunda-feira às 18 horas
Local:Galeria Ponto de Fuga. Rua Saldanha Marinho, 1220 | Curitiba, PR.
Mais informações: 41 9950.13252 e facebook.com/galeriapontodefuga
VISITAÇÃO: de quarta a sábado, das 16h às
20h
Ou agendando horário.
A
exposição permanecerá aberta para visitação até
17.06.2017.
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