CLUBE DE LIVROS LANÇA UM BEST SELLER POR MÊS E JÁ IMPRIMIU + DE 3 MILHÕES DE CÓPIAS

Com 110 mil assinantes únicos desde 2018, Minha Biblioteca Católica chega mensalmente a 3,6 mil cidades de todos estados brasileiros


Em média, a tiragem de um livro no Brasil é de 3 mil exemplares, segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros. E, para estar listado entre os cobiçados mais vendidos, é preciso chegar a 15 mil. Apostando em um nicho específico e abordando temas densos, uma empresa encontrou seu público cativo, está em pleno crescimento — e vem lançando, mês a mês, um best seller com folga no mercado nacional. E, assim, se tornou um fenômeno editorial.

 

A Minha Biblioteca Católica acaba de completar quatro anos de atuação, totalizando nesse período 110 mil assinantes únicos. É, atualmente, o maior clube de assinatura de livros religiosos do país. Desde 2018, a partir de uma estratégia de comunicação 100% digital, já imprimiu 3 milhões de obras e impactou mais de 90 mil famílias em todo o Brasil. Além da edição principal em formato luxo, o assinante recebe um guia de leitura exclusivo preparado pelo clube, um ícone de devoção e uma marca-páginas temático.  

Somando o caminho percorrido pelas transportadoras durante as entregas, são mais de 100 milhões de quilômetros rodados. Suas caixas são enviadas, mensalmente, para 3.629 cidades brasileiras, em todos os estados — do Rio Grande do Sul, onde a empresa está sediada, ao Amapá. Há, inclusive, assinantes da Amazônia que recebem os livros de barco.  

Os lançamentos incluem obras de relevância universal, que extrapolam o público religioso. São os casos, por exemplo, de “A Canção de Bernardete”, escrita por Franz Werfel e que virou filme, sendo vencedor em quatro categorias do Oscar; “Confissões”, de Santo Agostinho; “Imitação de Cristo”, de Tomás de Kempis, o mais lido no mundo após a Bíblia; e “Livro da Vida”, da freira espanhola Santa Teresa de Ávila. 

 

Foco na experiência e cuidado com cada detalhe  

A Minha Biblioteca Católica é conhecida, por seu público fiel, pelo rigor da curadoria de conteúdo e pelo elevado apuro estético. E tudo isso começa pela seleção das obras que serão publicadas, como informa o co-fundador Matheus Bazzo: “Em primeiro lugar, a equipe editorial empenha-se em extensas pesquisas bibliográficas, a fim de dispormos do maior número de opções. De acordo com alguns critérios que permeiam nossa proposta — como tradição, importância do autor e relevância do tema —, filtramos essas pesquisas e chegamos a uma lista mais definitiva. 

Nessa etapa, a pauta dos próximos boxes é preenchida com pelo menos um ano de antecedência em relação ao lançamento. É o tempo necessário, segundo o gerente editorial, para atender ao padrão de qualidade da MBC. O ciclo envolve pesquisa, aquisição de direitos autorais, tradução, edição, diagramação e revisão.  

Enquanto se desenvolve o processo editorial, a equipe de design inicia o projeto gráfico. “Cada box tem sua identidade visual determinada a partir de uma profunda exploração do tema, unindo profissionais de diversas especialidades. Levamos em conta a temática e o tom do livro, sua estrutura interna, o público ao qual se dirige e particularidades do autor ou santo abordado. Buscamos garantir que a mensagem seja transmitida na primeira impressão do leitor com a capa”, detalha a designer Júlia Máximo, acrescentando que essa identidade norteia todos os outros itens que vêm na caixa, para que tudo mantenha um padrão visual. 


Proximidade com o assinante  

Acompanhando a atuação digital da Minha Biblioteca Católica, é possível perceber a admiração do público pelo clube. Com interações frequentes, os seguidores buscam adivinhar qual será o próximo box lançado, a partir de uma série de teasers que são compartilhados a cada mês. Nas redes sociais, os seguidores chegam a quase meio milhão de pessoas.  

Essa relação de proximidade e engajamento ajuda a explicar o rápido sucesso da iniciativa religiosa. É um vínculo que a MBC busca cultivar e reforçar permanentemente. No ano passado, a empresa realizou um profundo ciclo de escuta de seus assinantes, que gerou reavaliações e mudanças nos processos e no próprio produto. O assinante ganhou um novo protagonismo.  

Antes, a escolha dos livros era feita apenas pela nossa equipe editorial. No entanto, percebemos que alguns boxes não tinham uma boa performance, pois não eram o desejo do público. Começamos, então, a fazer pesquisas e analisar as dúvidas e queixas que chegavam até nosso suporte, além dos pedidos feitos nos comentários das redes sociais”, conta Matheus Bazzo, cofundador da Minha Biblioteca Católica.

Bazzo pontua que, a partir disso, a empresa foi descobrindo o que as pessoas queriam e quais eram as suas dificuldades. “Isso trouxe um aprimoramento na escolha da obra principal de cada mês e, principalmente, levou à criação do guia de leitura. É um material complementar, que proporciona uma melhor experiência para o assinante. O guia fornece uma série de conteúdos que ajudam na compreensão da obra e no aprofundamento do assinante no tema do mês”, afirma, complementando que foi aberto um núcleo na MBC focado em gerar esse conteúdo proprietário. 

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Incentivo à leitura

Influencer católica que responde pelo perfil @borasersanto no Instagram, com quase 80 mil seguidores, Angélica Belo Baldi assina a Minha Biblioteca Católica há mais de 3 anos. “A MBC me ajudou a valorizar os detalhes e a beleza das coisas, me ajudou a compreender aquilo que importa de verdade”, expressa a jovem de 21 anos. Ela integra a faixa etária com mais assinantes do clube, com pessoas entre 20 e 35 anos.  

Fazendo menção aos mosteiros da Idade Média, que continham grandes bibliotecas e desempenhavam um importante papel cultural para a sociedade, Matheus Bazzo destaca que a missão da Minha Biblioteca Católica vai além de manifestar os tesouros da tradição católica: “Por sermos um clube de assinatura, estimulamos a leitura contínua: o assinante recebe um livro por mês, portanto, tem uma certa ‘urgência’ maior para ler. Isso é algo positivo, pois esse é um dos hábitos mais benéficos que existem para o ser humano”.

Nesse processo, os leitores contam com um reforço que vem ganhando popularidade: o aplicativo Peregrino. Criado no final de 2020, o app disponibiliza todo o acervo lançado até aqui, em formato de audiobook, para os assinantes. “Várias pessoas falam que o Peregrino ajuda na leitura, pois ouvem o áudio enquanto leem o livro. Outras contam que o app ajuda a continuar a obra em momentos em que não poderiam ler: no carro, limpando a casa ou na academia”, diz o empreendedor. 

E o que vem pela frente? O cofundador da Minha Biblioteca Católica é enfático: “Nossa meta é aprofundar o diálogo, nos aproximarmos ainda mais do assinante, ser um com eles. De maneira que o clube atenda as necessidade e diminua as dificuldades e acesso às obras católicas de todos os leitores brasileiros. O público pode esperar novas propostas de leitura, novos produtos e novas experiências literárias. Estamos muito empolgados”. Não há de faltar fé para que tantos planos se realizem.





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