GALERIA SOLO PROMOVE MOSTRA NO TORRITON TAUNAY BATEL
Exposição reúne dois expoentes da arte contemporânea em Curitiba, numa promoção da Galeria Solo
Uma
exposição inédita com obras dos artistas André Baía e Felipe Scandelari
terá abertura no salão Torriton Taunay, no Batel, no dia 14 de Março
(sábado), a partir das 16 horas. Diferentes visões sobre a pintura,
elementos da cultura pop, cores, contrastes e imagens impactantes
permeiam os trabalhos.
A
exibição é realizada pela Galeria Solo, que representa os dois
artistas. Fica em cartaz até o dia 15 de Abril, com visitação aberta ao
público e entrada franca.
Desenho cego desconstrói figura humana
O
estudo da figura humana e sua representação artística estão entre os
principais vértices da obra de André Baía, que cria principalmente com
tinta acrílica sobre tela. Neste jornada criativa, ele utiliza como base
o desenho de “contorno cego”. "Esta técnica consiste em observar um
objeto ou pessoa e desenhá-lo sem olhar para o papel ou tela em que está
sendo feito. O resultado é uma representação bem expressiva do que
estava sendo observado, uma desconstrução bem visceral", explica Baía.
Ele cria contrastes ao sobrepor esta técnica com a pintura clássica
realista.
As
novas obras de Baía exploram a anatomia de uma maneira dinâmica. Com o
contorno cego, a intensidade e personalidade do artista ficam impressas
em cada obra, bem como a essência de quem está sendo observado e
retratado. O resultado é figurativo, destorcido e expressivo.
"Tento
retratar expressões, emoções, sentimentos e situações, e desmistificar
que tudo tenha que ser perfeito. O desenho cego se enquadra neste
contexto porque não vejo o que estou fazendo, eu abraço o erro. Afinal,
são nossas imperfeições que nos dão personalidade", comenta o
artista.Com 32 anos e formado em publicidade, André Baía nasceu em São
Paulo, foi criado em Curitiba e também morou cinco anos em Barcelona,
Espanha.
Surrealismo, renascimento e pop
Felipe
Scandelari utiliza principalmente a técnica de pintura a óleo e suas
referências vão do surrealismo ao renascimento. Ironia e ambiguidade
também estão presentes em suas temáticas. Em 2017, teve destaque na
exposição Queermuseu, que gerou polêmica e estimulou grande debate sobre
o papel da arte. Sua obra "Last Resort" estava entre as imagens
incluídas na exposição e foi citada pelo jornal norte-americano The New
York Times.
Curitibano,
Scandelari tem 38 anos e é formado em Pintura na Escola de Música e
Belas Artes do Paraná. Vem desde 2003 apresentando seu trabalho em
exposições coletivas e individuais. Diagnosticado com daltonismo, usa
fortes contrastes de luz e sombra e pinta o mundo como o enxerga,
expressando sua liberdade e visão particular.
"Elementos
iconográficos jogam minhas pinturas para o terreno do absurdo
surrealista sem recorrer aos maneirismos do estilo", comenta Scandelari.
"Elementos da cultura pop também estão frequentes em minhas telas.
Trabalho com história das imagens, misturo representações do cotidiano e
elementos clássicos que resultam em pinturas realistas inspiradas na
fotografia e na ilustração".
Serviço: Exposição de Felipe Scandelari e André Baía no Torriton Pres. Taunay
Realizado pela Galeria Solo
Abertura: 14 de Março, sábado - 16h
Data e horários: até 15 de Abril - segunda-feira, das 9h às 20h, terça a sábado, das 9h às 21h
Endereço: Al. Presidente Taunay, 321 - Torriton - Batel, Curitiba - PR
Informações: (41) 3091-8686
Visitação: gratuita.
Comentários