MOMENTO SAÚDE E BEM-ESTAR: Má qualidade do sono afeta bem-estar
MOMENTO SAÚDE E BEM-ESTAR:
Sobre o Hospital VITA - A primeira unidade da Rede VITA no
Paraná foi inaugurada em março de 1996, no Bairro Alto, e a segunda em dezembro
de 2004, no Batel. O VITA foi o primeiro hospital brasileiro a conquistar, no
início de 2008, a Acreditação Internacional Canadense CCHSA (Canadian Council
on Health Services Accreditation). A certificação de serviços de saúde avalia a
excelência em gestão e, principalmente, a assistência segura ao paciente. Além
disso, o VITA é um dos hospitais multiplicadores do Programa Brasileiro de
Segurança do Paciente (PBSP). Ele visa disseminar e criar melhorias inovadoras
de qualidade e segurança do paciente. Integra também o grupo de hospitais da
Associação Nacional de Hospitais Privados - ANAHP. O VITA oferece atendimento
24 horas e é referência nas áreas de cardiologia, cirurgia geral, neurologia,
cirurgia bariátrica, medicina de urgência, urologia, terapia intensiva,
traumato-ortopedia e pediatria. Além disso, dispõe de um completo serviço de
medicina esportiva, prestando atendimento a atletas de diversas modalidades;
serviço de oncologia; Centro Médico e Centro de Diagnósticos. Para garantir um
alto nível de qualidade nos serviços prestados aos pacientes, o VITA tem
investido em ampliação da infraestrutura, tratamentos com equipes
multidisciplinares, modernização dos equipamentos, humanização no atendimento,
qualificação dos profissionais e segurança assistencial. Aceda a www.hospitalvita.com.br
Má qualidade do sono afeta bem-estar e rotina dos
brasileiros
Mais da metade da população apresenta algum
tipo de distúrbio do sono
A preocupação excessiva e a falta de sono podem
aumentar o risco de hipertensão, doenças degenerativas, obesidade, ansiedade e
depressão. A médica neurologista Ester London, responsável pelo Laboratório do
Sono do Hospital VITA, em Curitiba, explica que é durante o repouso que o organismo
volta à condição na qual iniciou o dia. Segundo ela, é nesse período que
acontece o relaxamento muscular, redução da pressão arterial, dos batimentos
cardíacos e da produção de urina.
Estudo publicado na Revista
Science Advanced aponta que o Brasil está entre os três países que menos
dormem, são de quatro a seis horas por noite, enquanto o recomendado pela
Associação Brasileira do Sono, para um adulto saudável, seria de seis a nove horas.
Além disso, dados do Ministério da Saúde, IBGE e organização Mundial da Saúde
(OMS) revelou que cerca de 58% dos brasileiros têm interrupção do sono pelo
menos uma noite por semana e apresentam algum tipo de distúrbio do sono, como
insônia, terror noturno, apneia e sonambulismo.
Rotina intensa, excesso de trabalho, estudos e
utilização de aparelhos eletrônicos, como celular, são alguns motivos que estão
levando os brasileiros a dormir cada vez menos.
Dra. Ester conta que uma noite mal dormida pode comprometer o desempenho
das atividades diárias, pois é responsável por causar dificuldade de
concentração, alterações da memória e do humor, entre outros sintomas. Além
disso, “ao contrário do que muitos pensam, o sono perdido não pode ser
recuperado”, destaca a especialista.
O sono é essencial para a consolidação da
memória, assim como para a saúde em geral. “Embora as pessoas variem muito em
suas necessidades de sono individuais, ter um sono de qualidade é ainda mais
importante do que a quantidade de horas dormidas. É preciso obedecer a demanda
do corpo e dormir quando ele pede. O importante é dormir quando estiver cansado
e despertar descansado”, afirma a médica.
Dra. Ester explica que a privação de sono leva
a danos secundários, isto é, dormir pouco aumenta os riscos de diabetes,
hipertensão, estresse, obesidade, entre outros problemas.
Além disso, de acordo com a médica, é o momento
de consolidação da memória e do controle da temperatura corporal. “Diversos
hormônios são influenciados pelo sono, como a insulina, que controla a glicose
no sangue, a leptina, responsável pela saciedade, a grelina, responsável por
estimular o apetite, e a somatotrofina, que age no crescimento”, destaca Dra.
Ester.
Sono x doenças degenerativas
Estudo realizado pela Academia Americana de
Neurologia associa a falta de sono ao aumento de chance de desenvolver doenças
degenerativas, como Alzheimer e Parkinson. “É durante o sono que é realizada a
limpeza do sistema neurológico, nesta hora ocorre a limpeza dos acúmulos da
atividade celular e dos radicais livres. A falta de descanso pode aumentar as
chances de demências”, alerta Dra. Ester.
Diagnóstico
As alterações no sono podem ser identificadas
com o auxílio de uma análise chamada de polissonografia. O exame também é
indicado para diagnosticar apneia, roncos, ranger de dentes (bruxismo),
fibromialgia, entre outros transtornos.
A polissonografia é um exame que é realizado no
Laboratório do Sono, no qual é reproduzido o ambiente de um quarto, onde o
paciente passa a noite e tem o sono monitorado por um técnico, por câmeras e
eletrodos que servem para medir as atividades cardíaca e cerebral, ronco,
movimentos e oxigenação, e tem como objetivo monitorar o sono e avaliar
diversos parâmetros. “A partir dos resultados, o médico tem as informações
necessárias para tratar o problema da pessoa”, frisa Dra. Ester.
Apneia do sono
O problema pode afetar qualquer um, inclusive
crianças. “Trata-se de uma alteração que
pode acontecer durante o sono em que ocorre uma parada abrupta na respiração
enquanto dorme", explica Dr. Luiz Eduardo Nercolini, otorrinolaringologista do
Hospital VITA. Pesquisas estimam que a
apneia do sono afeta 4% dos homens e 2% das mulheres entre 30 e 60 anos.
Já os sintomas relacionados à apneia do sono
podem ser variados: excesso de sono durante o dia e até insônia,
irritabilidade, dificuldade de concentração e memória, dor de cabeça pela
manhã, roncos, pausas na respiração durante o sono.
Dr. Nercolini esclarece que a apneia do sono
pode ocorrer por vários motivos, mas principalmente por uma falha da
musculatura atrás da garganta e da base da língua em manter a passagem do ar
aberta, causando uma obstrução e levando a baixa oxigenação do sangue. “Consequentemente, o ciclo de sono é quebrado
para que se reestabeleça os níveis normais de oxigenação no sangue. Isso faz
com que ocorra alterações nas fases do sono e por isso surgem os sintomas”,
descreve.
Tratamento
Conforme o grau de apneia do paciente é
necessário algum tipo de tratamento. “O método deve ser individualizado para
cada caso, algumas vezes sendo necessário cirurgia (nasais, palatais, na base
da língua e cirurgias esqueléticas envolvendo os ossos da face) outras vezes
métodos não-cirúrgicos, como o chamado CPAP (do inglês continuous positive
airway pressure). “O aparelho oferece ao paciente ar pressurizado por meio de
uma máscara adaptada para manter a via aérea aberta”, conclui o
otorrinolaringologista.
Higiene do sono
Dra. Ester London destaca a necessidade de mudar
alguns hábitos, pois podem ajudar a melhorar a qualidade do sono.
– Deitar e levantar no mesmo horário todos os
dias;
– Desligar os eletrônicos (celular, tablet,
computador) pelo menos uma hora antes da hora de dormir;
– Ler um livro e/ou escutar uma música suave
para relaxar;
– À noite, deve-se optar por refeições leves;
– A temperatura do quarto deve ser suave (no
máximo, 22 º C);
– Usar um pijama confortável;
– Roupa de cama limpa também ajuda a dormir
bem;
– Evitar ingerir bebida alcoólica ou com
cafeína à noite;
– O sono é induzido pelo relaxamento e a falta
de luz, então deve-se relaxar e deixar o quarto escuro para seu cérebro liberar
a melatonina;
– Se acordar durante a noite e não voltar a
dormir, pegue um livro para ler, isso ajuda.
– Evitar atividades físicas perto da hora de
dormir (preferir os alongamentos e relaxamentos), mas não deixar de praticar
exercícios físicos regularmente, ao menos três vezes na semana. “A atividade
física aeróbica é um hábito que contribui para melhorar a qualidade do sono”, ressalta
a neurologista.
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