GRUPO CORPO VOLTA AO FESTIVAL DE CURITIBA
Grupo Corpo volta para mostrar duas famosas coreografias
“GIL”,
com música especialmente composta por Gilberto Gil e “Sete ou Oito
Peças para um Ballet” (1994), com trilha de Philip Glass/Uakti, serão
apresentadas no Guairão
Como
em todas as criações do coreógrafo Rodrigo Pederneiras, os movimentos
do mais recente balé, “GIL”, nasceram da música. Mas a trilha engendrada
por Gilberto Gil para o espetáculo do Grupo Corpo a convite do diretor
artístico Paulo Pederneiras, chegou trazendo um paradoxal desafio ao
coreógrafo: ali estavam, juntos e indissociáveis, o conhecido e amado
Gilberto Gil... e um compositor inteiramente novo. “Era um Gil que eu
não conhecia e, ao mesmo tempo, o Gil de quem sou tiete desde que ouvi
sua música pela primeira vez”, diz Rodrigo.
A solução do paradoxo – fenomenal síntese – sobe ao palco do Guairão na 29.ª edição do Festival de Curitiba, dentro da Mostra 2020,
nos dias 30 e 31 de Março. O programa duplo, com intervalo de 20
minutos, conta ainda com a coreografia de “Sete ou Oito Peças para um
Ballet”, de 1994.
A
fagulha inicial para erguer a coreografia veio, então, de fora da
música – um gesto inicial, buscado no candomblé. “Gil é filho de Xangô e
usei como ponto de partida o movimento associado à presença do orixá:
uma das mãos do bailarino bate no peito e a outra, nas costas”, conta o
coreógrafo. “E assim o balé começou a se construir”. A “riquíssima
trilha”, nas palavras de Rodrigo, se traduziu nos duos, trios e
conjuntos que se alinham e desarmam, nos uníssonos e contrapontos
gestuais, peças sempre renovadas do vocabulário marcante do coreógrafo.
As muitas singularidades de GIL, a bem da verdade, já haviam começado na
proposta de Paulo Pederneiras ao compositor. “Gil sempre esteve no
nosso radar”, diz o diretor artístico. “Na primeira conversa, já me veio
a ideia de sugerir que a coreografia se chamasse GIL. Normalmente o
músico tem liberdade total – e agora não foi diferente – mas a sugestão
que se debruçasse sobre a própria obra se consolidou naquele momento. E
GIL se inscreve, então, entre os compositores que dão nome a
coreografias do Grupo Corpo - já tínhamos feito essa homenagem a Bach, Nazareth e Lecuona”.
Foto: José Luiz Pederneiras. |
Sete ou Oito Peças para um Ballet
A
partir de oito temas surgidos da parceria inédita entre o
instrumentista e compositor norte-americano Philip Glass e o grupo
instrumental mineiro Uakti, o coreógrafo Rodrigo Pederneiras
desvencilha-se, pela primeira vez, do rigor formal que marca suas
criações para construir uma obra despojada, onde a partitura de
movimentos emerge como uma série de esboços, apontamentos ou estudos
para uma coreografia. Inacabados, na aparência. Mas irretocáveis, pela
genialidade da forma.
Como
em uma pintura contemporânea, onde as correções podem ser incorporadas
ao resultado final, os movimentos dos bailarinos do GRUPO CORPO se
sucedem em variações que vão da estética “suja” própria dos ensaios a um
primoroso acabamento formal. Nesse sentido, 7 ou 8 Peças para um
Ballet, que teve sua estreia em 1994, propõe mais do que vaticina. O
componente obsessivo, frio e exato dos temas especialmente criados para o
balé pelo ícone maior da música minimalista norte-americana leva
Pederneiras a orquestrar repetições de movimentos que beiram o
automatismo, executados, na maior parte das vezes, em solo, em
contraposição a movimentos orgânicos de grupo, carregados da sensual
latinidade intrínseca à sonoridade única produzida pelo Uakti. O
cenário de Fernando Velloso e os figurinos de Freusa Zechmeister buscam
nos primórdios da corrente minimalista da pintura americana a inspiração
para as listras em verde, azul e tons de amarelo que dão identidade
visual ao espetáculo, enquanto o branco reina absoluto na iluminação de
Paulo Pederneiras. (texto: Angela de Almeida).
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Apresentadores, patrocinadores e apoiadores
O
Festival de Teatro de Curitiba tem parceiros fundamentais para sua
realização e é patrocinado pelo Ebanx, Vivo, Uninter, Renault do Brasil,
Electrolux, Banco RCI Brasil, Junto Seguros, Copel - Pura Energia,
Sanepar, Governo do Estado e GRASP. O Programa Guritiba é apresentado
por New Holland, com patrocínio de Novozymes e Fibracem. O MishMash é
apresentado pela Unimed Curitiba e Thales Group, com o apoio da Ritmo
Logística. Quem apresenta o Risorama é a Potencial Petróleo, com o
patrocínio de Previsul Seguradora, tendo como a cerveja oficial a
Cacildis e o apoio de FH Consultoria e Grupo Barigui. As bilheterias do
Festival de Curitiba são uma parceria com o ParkShoppingBarigüi e o
Shopping Mueller.
FICHA TÉCNICA:
GIL [2019]
Coreografia: Rodrigo Pederneiras
Música: Gilberto Gil
Cenografia: Paulo Pederneiras
Figurinos: Freusa Zechmeister
Iluminação: Paulo Pederneiras e Gabriel Pederneiras
Banda: Gilberto Gil (violão, voz) / Bem Gil (guitarra) / Danilo Andrade (teclado, piano elétrico) / Domenico Lancelotti (MPC,
bateria, percussão) / Thiago Queiroz, Diogo Gomes (sopros) / Bruno di
Lullo (baixo) / José Gil (percussão) / Thomas Harres (balafon).
Coreografia: Rodrigo Pederneiras
Música: Philip Glass e Uakti
Cenografia: Fernando Velloso
Figurinos: Freusa Zechmeister
Iluminação: Paulo Pederneiras.
Grupo Corpo:
Diretor Artístico: Paulo Pederneiras
Coreógrafo: Rodrigo Pederneiras
Bailarinos: Ágatha
Faro, Bianca Victal, Dayanne Amaral, Débora Roots, Edésio Nunes,
Edmárcio Júnior, Edson Hayzer, Elias Bouza, Filipe Bruschi, Helbert
Pimenta, Janaina Castro, Jonathan de Paula, Karen Rangel, Luan Batista,
Lucas Saraiva, Malu Figueirôa, Mariana do Rosário, Rafael Bittar,
Rafaela Fernandes, Sílvia Gaspar, Williene Sampaio, Yasmin Almeida.
Diretora de Ensaios: Carmen Purri
Assistentes de Coreografia: Ana Paula Cançado, Carmen Purri, Miriam Pederneiras
Maître de Ballet: Bettina Bellomo
Pianista: Anna Maria Ferreira
Diretor Técnico: Pedro Pederneiras
Coordenador Técnico: Gabriel Pederneiras
Técnicos de Palco: Átilla Gomes, Murilo Oliveira, Stefan Böttcher
Produtora Executiva: Michelle Deslandes
Realização: Instituto Cultural Corpo.
O Grupo Corpo conta com o apoio da LEI DE INCENTIVO À CULTURA
Patrocínio: ITAÚ, CEMIG e GOVERNO DE MINAS GERAIS
Serviço:
O que: “Sete ou Oito Peças para Ballet” e “Gil” no Festival de Curitiba 2020
Quando: 30 e 31/03 às 21h
Onde: Guairão (Praça Santos Andrade, s/n)
Valores: R$ 80,00 (inteira)
Ingressos: www.festivaldecuritiba.com.br,
pelo aplicativo “Festival de Curitiba 2020”, e nas bilheterias físicas
do ParkShoppingBarigüi (Piso térreo próximo à praça de eventos), de
segunda a sexta-feira, das 11h às 23h; sábado das 10h às 22h e domingos
das 14h às 20h; e no Shopping Mueller (piso L3), de segunda-feira a
sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 14h às 20h.
Classificação: Livre
Duração: 100’ (Cada apresentação 40’ e intervalo de 20’).
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