SAIBA MAIS SOBRE A PROGRAMAÇÃO DA 4ª EDIÇÃO DO LITERCULTURA

PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL 
LITERCULTURA 2016 – 26 a 28 de Agosto  

Dia 26 de agosto  
Abertura – 19h30
Panorama Paranístico: encontro com escritores e conferência de Ivan Justen Santana

Para dar a dimensão da produção literária paranaense e sua importância na cena editorial brasileira, o Litercultura promove o encontro de mais de 50 autores do Estado – com exposição e venda de livros seguidas de sessões de autógrafos, conferência do poeta Ivan Justen Santana sobre a literatura paranaense e sarau com leituras acompanhadas pelos músicos Marcelo Torrone e Gabriel Schwartz.

Dia 27 de agosto  
Mesa 1 – 11h
Salomé em cena: Fausto Fawcett e Cia. do Urubu

O mito bíblico de Salomé e sua versão teatral pelo escritor irlandês Oscar Wilde são o ponto de partida de mais um trabalho de pesquisa da Companhia de Teatro do Urubu, com adaptação do dramaturgo, escritor e compositor Fausto Fawcett e parceria de direção de Nadja Naira (da Companhia Brasileira de Teatro) – que falam da adaptação e fazem leitura dramática do espetáculo. Criada em 2015, a Cia de Teatro do Urubu é formada por Carolina Meinerz, Michelle Pucci, Anderson Caetano, Gustavo Gusmão, Muhammed Chab e Igor Kierke. Nasceu com a intenção de pintar a singeleza das almas arremessadas pela arte, com a honestidade do sarcasmo e o sobrevoo de um urubu.

Mesa 2 –14h30
Paraísos perdidos: Beatriz Bracher e Lourenço Mutarelli

A romancista e contista Beatriz Bracher – que em livros como Azul e Dura, Antonio, Meu Amor e Anatomia do Paraíso confronta subjetividades angustiadas com a aflitiva realidade brasileira – encontra o universo infernal do prosador, dramaturgo e artista gráfico Lourenço Mutarelli – autor de O Cheiro do Ralo, O Natimorto e O Grifo de Abdera.

Mesa 3 – 16h
Totalidade fragmentada: Luiz Ruffato e Antonio Geraldo Figueiredo Ferreira

Em mesa promovida pelo Itaú Cultural e pelo prêmio Oceanos, o encontro entre Luiz Ruffato – finalista do Oceanos 2015 – e Antonio Geraldo Figueiredo Ferreira – contemplado pelo projeto Rumos – marca a confluência de romances que representam a totalidade a partir do fragmento. Da metrópole estilhaçada de Eles eram muitos cavalos e do multifacetado painel de Inferno provisório, de Ruffato, ao coro de vozes interioranas de As visitas que hoje estamos, de Figueiredo Ferreira, o rural e o urbano, o público e o provado, o arcaico e o moderno expressam, pela mescla de gêneros, os grandes malogros e as pequenas utopias da precária experiência brasileira.

Mesa 4 – 17h30
O visitante do vazio: Juliano Garcia Pessanha

Em Sabedoria do nunca, Ignorância do sempre e Certeza do agora, Juliano Garcia Pessanha compôs um universo em que ficção, ensaio, poesia em prosa e fragmento se apresentam como diferentes formas (para além de qualquer formalismo linguístico) de abordar as fraturas existenciais. Com Instabilidade perpétua, essa trilogia integra agora Testemunho transiente – “obra incompleta” (pois a incompletude é o motor da escrita incandescente de Pessanha) desse escritor que também poderia ser descrito como filósofo, não fosse sua recusa da nomeação e de qualquer forma de enclausuramento do ser numa identidade fixa.

Mesa 5 – 19h30
Ficção explícita, identidades ocultas: Jacques Fux e Anna P.

Depois de Antiterapias, romance vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura de 2013, Jacques Fux enveredou, em Brochadas, pela história das frustrações sexuais de filósofos, escritores e artistas. Se o humor judaico de Fux satiriza com irônica erudição as próprias experiências (reais ou ficcionais), dando voz a ex-namoradas, no palco do Litercultura ele dialoga com a voz da obscena Anna P. – autora do mais do que explícito Tudo que eu pensei mas não falei na noite passada, que permanecerá fora de cena para ocultar sua identidade.

SEX LIBRIS – 21h15  
O sarau Sex Libris – com leitura de textos que violam os limites entre o erótico e o pornográfico – entra na programação do Litercultura, promovendo encontro entre Jacques Fux, o escritor Otávio Linhares, a atriz Iria Braga (que recita textos de Anna P.), a poeta e compositora Estrela Leminski, o escritor e compositor Fausto Fawcett e a mediadora Manoela Leão.

Dia 28 de agosto  
Mesa 6 – 11h
Entre Éden e Apocalipse: Eduardo Spohr

Maior fenômeno brasileiro do gênero fantasia, Spohr é o criador das séries A Batalha do Apocalipse e Filhos do Éden. Por trás do caráter fantasioso dessas sagas, está um estudioso da jornada do herói no cinema e na literatura, um escritor cujas referências na mitologia, na história das religiões e na ficção de autores como Tolkien e Stephen King se associam a uma atmosfera de perpétua batalha entre forças arquetípicas e antagônicas – projetando fantasmas históricos num Rio de Janeiro futurista e em espaços celestiais habitados por guerreiros e arcanjos, feiticeiros e demônios.

Mesa 7 – 15h
Universos em miniatura: Alice Ruiz e Luci Collin

A partir de referências e dicções diferentes – a poesia oriental e a música popular brasileira, em Alice Ruiz; um trânsito entre prosa e poesia que inclui fluxos de consciência e colagens textuais, em Luci Collin –, duas autoras curitibanas que se tangenciam na busca da máxima expressividade da linguagem e da experiência a partir da forma mínima do haikai ou do fragmento, desmontando clichês linguísticos e formas coaguladas para criar universos em miniatura.

Mesa 8 – 16h30
O Haiti é aqui: Rei Seely e Fernando Bonassi
Mediação: José Carlos Fernandes

Autor de Subúrbio, romance de 1994 que inaugurou nova fase da ficção urbana brasileira, Fernando Bonassi percorreu diversas formas literárias (romance, conto, ficção infantojuvenil, teatro, roteiro) até sintetizar, com Luxúria (2015), sua visão do naufrágio de nossos sonhos de emancipação social. Aos exílios internos de Bonassi se alternam as vivências do haitiano Rei Seely, que se exilou no Brasil para encontrar outras formas de exclusão, das quais se refugia pela literatura, lançando seu primeiro livro no Litercultura.

Mesa 9 – 18h
Escritas da despossessão: Vladimir Safatle
Mediação: Manuel da Costa Pinto

Filósofo que utiliza as ferramentas do pensamento de esquerda, da arte e da psicanálise para analisar a formação do corpo político contemporâneo e para compreender como ocorre hoje a intervenção política sobre os corpos, Vladimir Safatle fala – a partir de seu mais novo livro de ensaios, O circuito dos afetos – sobre as formas de possessão (e despossessão) que atravessam desde as experiências amorosa e estética até os assujeitamentos dos sujeitos biopolíticos.

Mesa 10 – Encerramento – 19h30
Rumo ao sul: Vitor Ramil
Mediação: Manuel da Costa Pinto

O escritor, compositor e cantor Vitor Ramil, autor da novela Pequod e do romance A primavera da pontuação, fala de sua literatura, da cidade imaginária de Satolep (que dá título a um de seus romances e é um palíndromo de sua Pelotas natal) e da proposta de criar uma “estética do frio” –  presente tanto em seus livros quanto nas milongas (ou “ramilongas”) que Ramil compôs a partir da leitura de autores como o argentino Jorge Luis Borges e o gaúcho João da Cunha Vargas e que ele canta e comenta ao final do Litercultura.

 * Lembrando que o evento se realizará na Sociedade Garibaldi - Centro Histórico de Curitiba.

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